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Cobra “falante”? Cientistas registram sons inéditos na Amazônia

Pesquisadores brasileiros registram a primeira vocalização de uma serpente

A rica biodiversidade da Amazônia continua a intrigar cientistas ao revelar novos aspectos de suas espécies.

Uma descoberta conduzida por pesquisadores brasileiros capturou a primeira vocalização de uma serpente na América do Sul, o que foi um marco para a ciência. O evento ocorreu em 2021, no município de Presidente Figueiredo, Amazonas.

Bolsistas dos Programas de Pós-Graduação em Ecologia e em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) lideraram essa pesquisa inovadora.

O impacto da descoberta

A descoberta envolveu a espécie Dipsas catesbyi, conhecida por sua beleza noturna e coloração vibrante. Os registros inéditos dos ruídos da serpente oferecem novas perspectivas sobre o comportamento e a comunicação das serpentes e enriquecem o estudo da herpetologia.

Até então, poucos estudos exploraram a comunicação entre serpentes, o que torna esse achado essencial para futuras investigações. Assim, a pesquisa pioneira servirá de base para novos estudos sobre comunicação e interação social entre as serpentes amazônicas.

Presidente Figueiredo: um laboratório natural

A cidade de Presidente Figueiredo destaca-se pela riqueza de sua biodiversidade, pois abriga inúmeras espécies de répteis e anfíbios. Isso torna o município um ambiente propício para estudos científicos como esse.

A escolha da Dipsas catesbyi como objeto de estudo deve-se à escassez de informações sobre suas vocalizações, além da notoriedade da serpente como uma espécie fascinante no ecossistema amazônico.

A Dipsas catesbyi é uma serpente noturna, conhecida por suas cores marcantes e hábitos arbóreos. A pesquisa revelou aspectos antes desconhecidos sobre o comportamento dessa serpente, oferecendo insights valiosos para a conservação dessas criaturas elusivas.

Portanto, a perspectiva de compreender melhor a ecologia e o comportamento das serpentes amazônicas incentiva novas pesquisas. Essa inovação científica pode catalisar investigações adicionais sobre comunicação, reprodução e interações sociais, o que vai ampliar ainda mais nosso conhecimento sobre esses répteis fascinantes.