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Cirurgia ‘Frankenstein’: entenda o procedimento que fez modelo ganhar 14 cm

A modelo alemã Theresia Fischer, 32, ganhou 14 centímetros após duas cirurgias de alongamento de pernas. Ela comemorou o resultado nesta semana, após a última etapa de recuperação.

Theresia passou pelos procedimentos, que apelidou de “Frankenstein”, em 2016 e 2022. No primeiro, “cresceu” 8,5 cm e, no segundo, 5,5 cm.

Ela dizia ter problemas de autoestima devido à altura —a modelo media 1,70 antes. “A dor física e mental que eu aguentei por mais de oito anos foi tão enorme que nem consigo expressar em palavras”, escreveu no Instagram.

Como é a cirurgia para crescer?

A operação de alongamento ósseo é invasiva e consiste em quebrar o fêmur ou a tíbia —às vezes os dois— para ganhar alguns centímetros.

Primeiro, é feito um furo nos ossos da perna, que depois são divididos em dois.

Em seguida, uma haste de metal é colocada cirurgicamente no osso e mantida no lugar por uma série de parafusos.

A haste é lentamente alongada em até um milímetro por dia, estendendo-se até que o paciente atinja a altura desejada e seus ossos sejam deixados para cicatrizar novamente.

Alongamento ósseo: quem pode fazer?

Geralmente, o procedimento é indicado para casos específicos. Pessoas com alguma deformidade óssea —como ter uma perna maior do que a outra— ou com nanismo podem se beneficiar da cirurgia. No entanto, a operação vem ganhando fins estéticos, o que levanta polêmicas e preocupações.

Há riscos na cirurgia?

A comunidade médica chama atenção para os riscos de se submeter a um procedimento tão invasivo por questões estéticas. Entre as possíveis complicações, estão:

  • Danos aos nervos;
  • Embolias arteriais;
  • Possibilidade de os ossos não se unirem novamente.

Embora existam técnicas e tecnologia aprimoradas para reduzir os riscos, o procedimento continua extremamente complexo. Além dos ossos precisarem crescer, também é necessário desenvolver mais músculos, nervos e vasos sanguíneos, por exemplo.Continua após a publicidade

Os especialistas também alertam para os riscos psicológicos, como o fato de alguns pacientes poderem apresentar dismorfia corporal.

Homens procuram mais

Fora do Brasil, clínicas confirmam que o alongamento de pernas tem sido cada vez mais procurado por homens. Eles buscam melhorar a autoconfiança e comentam que, geralmente, mulheres não namoram homens mais baixos do que elas.

Por trás desse desejo há também a pressão social, que influencia na decisão deles, em que estética de ser mais alto prevalece sobre o bem-estar físico e mental. Ao optar pela cirurgia, é importante entender que se trata de uma operação complexa, cara, de alto risco e com um longo processo de recuperação, que deve ser supervisionada por especialistas.