CuriosidadesNotíciasTecnologia e Ciência
0

Cientistas descobrem microcontinente entre o Canadá e a Groenlândia

Cientistas descobriram, entre o Canadá e a Groenlândia, um microcontinente novo graças a dados da gravidade e da atividade sísmica no local, reconstruindo toda a placa tectônica da região. O novo corpo de terra fica no chamado Estreito de Davis, que se põe entre a ilha e o continente americano.

O estudo sobre a característica geológica nova foi feito por pesquisadores da Universidade de Derby, no Reino Unido, e de Uppsala, na Suécia, e teve sua publicação feita na revista científica Gondwana Research. Apesar da região ser bem conhecida pela ciência, muitos mistérios ainda persistem, como o achado recente do novo continente prova.

A formação do novo microcontinente

Segundo a equipe científica internacional, um longo período de rachadura e alargamento do leito oceânico formou as bacias oceânicas do Mar de Labrador e da Baía de Baffin, entre o Canadá e a Groenlândia. Há controvérsia, no entanto, sobre os movimentos continentais exatos entre essas faixas de terra, bem como a evolução tectônica do Estreito de Davis.

O problema estava na crosta continental anormalmente espessa no mar da região, algo que os modelos não explicavam bem. Os pesquisadores, então, reconstruíram as características geológicas locais, descobrindo que a crosta é, na verdade, um microcontinente por si só — um bloco tectônico que se desligou do continente, sendo cercado por uma crosta oceânica mais fina.

A crosta possui entre 19 km e 24 km de espessura, e provavelmente começou a apresentar sua rachadura em um processo que começou há 118 milhões de anos. A separação dos continentes só aconteceu há 61,27 milhões de anos, no Mar de Labrador, com o afastamento seguindo, antes da Groenlândia colidir com a placa norte-americana. Foi nessa época que o microcontinente finalmente se formou.

A equipe científica espera que o achado ajude a entendermos melhor as placas tectônicas como um todo, aprendendo como seus movimentos podem afetar a vida humana.

Fonte: Gondwana Research