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Chuvas põem fim à safra recorde de soja no RS, aponta consultoria

Cerca de 25% do grão ainda não foi colhido no estado, o que representa potencial produtivo de até cinco milhões de toneladas

As inundações que assolam quase todo o Rio Grande do Sul devem trazer redução na produção de soja do estado e, consequentemente, do Brasil.

A avaliação é do analista e consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque. Ainda é um pouco cedo para termos um número assertivo, mas certamente a gente vai reduzir nossa estimativa para a safra gaúcha, afirma.

Conforme o analista, cerca de 25% das lavouras gaúchas ainda não foram colhidas. “São cerca de 5 milhões de toneladas em risco. Mas não quer dizer que a gente já perdeu esse volume, mas ele está em risco”, explica.

Produção de soja armazenada

Outro problema é que algumas áreas onde a soja já foi colhida e estava armazenada também foram inundadas. “A gente recebeu imagens de silos inundados e isto também precisa ser avaliado”, relata o consultor, acrescentando que podem ser necessárias algumas semanas para entender o tamanho do estrago.

Com o corte esperado na safra gaúcha, o recorde de 22,7 milhões de toneladas estimadas anteriormente por Safras & Mercado não vai ser alcançado. “Lamentavelmente, meu sentimento é que devemos cortar de 2 a 3 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul”, acredita Roque.

Mesmo com as perdas no Rio Grande do Sul, o consultor lembra que 75% da safra gaúcha de soja já tinha sido colhida e com bons rendimentos. “A gente tem uma boa parte de produção já garantida. A não ser que muitos mais silos tenham sido afetados, a safra gaúcha será maior que o ano passado”, completa.