Casal fatura até R$ 25 mil por mês com páginas sobre gatos nas redes sociais
Neste Dia Mundial do Gato (17/2), conheça a história do Gato Miu, que reúne mais de 1 milhão de seguidores em redes como TikTok e Instagram
Desde que foi adotado, em 2013, o gato Miu chamou atenção de seus tutores Karoline Freitas e Guilherme Antunes por ser muito expressivo. Então, Freitas passou a publicar em suas redes sociais algumas imagens do animal, com legendas engraçadinhas que faziam outros “pais de pet” se identificarem. “Eu brincava com coisas rotineiras, como arranhar o sofá ou brigar com os humanos”, afirma.
O que começou como uma brincadeira hoje é a fonte de renda. Já são mais de 160 mil seguidores no Twitter, 450 mil no Instagram e 600 mil no TikTok, gerando a possibilidade de parcerias com diversas marcas. Com isso, o casal fatura entre R$ 15 mil e R$ 25 mil por mês.
A família também contou com a entrada de outros felinos: Mu, em 2014, e Morcega, em 2016. Hoje, eles se definem como “Três gatos e seus dois humanos de estimação”. Segundo a empreendedora, o que atrai os seguidores é a identificação. “Cada um dos gatos tem uma personalidade, e as pessoas que também têm gatos conseguem se identificar com os comportamentos”, diz Freitas. É por isso também que ela acredita que suas “publis” dão certo.
“Fazemos as parcerias nos baseando no que usamos e aprovamos. Em alguns casos, um dos gatos gosta e outro não, e é normal. O bom é que conseguimos testar diferentes opiniões”, diz Freitas.
Segundo ela, cada rede social também tem sua particularidade. “Nos dedicamos mais no Instagram. Mostramos nosso dia a dia real, vamos postando tudo nos stories conforme vai acontecendo”, diz ela, acrescentando que essa é a plataforma em que é possível ter mais contato com os seguidores, respondendo mais perguntas e mensagens. Já o Tiktok e Facebook recebem vídeos curtos seguindo as trends do momento. “No Twitter postamos mais fotos com legendas e acontecimentos.”
Recentemente, o casal também decidiu apostar com mais força no YouTube para ter outra fonte de monetização. A ideia é postar vídeos mais longos, tirando dúvidas e dando dicas aos seguidores.
Mudança de planos
Foi em 2014 que Freitas, atualmente com 26 anos, passou a publicar imagens de Miu em sua página pessoal. Mas, enquanto alguns seguidores adoravam o conteúdo, outros não gostavam e deixavam de segui-la. Ela recebeu o conselho de criar uma página apenas para publicações relacionadas ao gato.
“Como eu já tinha um Twitter, decidi começar por lá”, diz Freitas, que mora em Chapecó, Santa Catarina. Então, as pessoas começaram a compartilhar o conteúdo do gato, e a página foi ganhando cada vez mais seguidores.
Conforme foi crescendo, o perfil passou a chamar atenção também de empresas que vendem produtos para pets. “Eles começaram a nos mandar seus produtos e viram que muitos dos nossos seguidores compravam por nos verem usando”, diz Freitas. Ela foi convidada para fazer parcerias e ganhar uma porcentagem das vendas.
A página funcionava como uma renda extra até o início da pandemia, quando Freitas foi demitida de seu emprego como atendente em uma loja de cursos profissionalizantes. “Pensei que era o momento de me dedicar ao perfil para torná-lo mais rentável”, afirma.
A primeira ideia foi criar um e-commerce do Gato Miu, para vender produtos para os animais e seus tutores, como canecas, materiais de papelaria e até gravata para os gatos. A produção era terceirizada. No entanto, o casal percebeu que gostava mais de fazer as publicações, e pausou a loja no início de 2022. Como alternativa, passaram a divulgar os produtos da Petlove, e ganham uma porcentagem pelas vendas feitas pelo link do Gato Miu.
Hoje, a empreendedora se sente satisfeita com o que alcançou com a página. “Espero manter o perfil com vários seguidores e continuar mostrando a rotina deles, influenciando as pessoas a cuidar mais dos gatinhos. Quero continuar me divertindo com o perfil.”