Saúde
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Carreiras de risco: quais profissões aumentam as chances de demência?

Descubra as profissões que, segundo a The Lancet, podem aumentar o risco de demência. Um estudo internacional analisou dados de milhares de idosos, revelando as ocupações mais desafiadoras

Trabalhar em uma profissão fisicamente desafiadora pode trazer uma série de benefícios; no entanto, um estudo recente, conduzido em colaboração internacional com o Centro Nacional Norueguês de Envelhecimento e Saúde, revela uma ligação preocupante entre determinadas ocupações e o desenvolvimento de demência.

Neste artigo, exploraremos as descobertas da The Lancet e as profissões que apresentam um maior risco para a saúde cognitiva.

A pesquisa e seus participantes

A equipe de pesquisa, em colaboração com o Centro de Envelhecimento Butler Columbia, analisou dados de 7 mil idosos noruegueses com 70 anos ou mais, que atuaram profissionalmente entre os 33 e 65 anos.

O foco foi entender como trabalhos fisicamente exigentes, envolvendo movimentos intensos do corpo, poderiam impactar a saúde cognitiva na terceira idade.

Profissões em foco

Ao examinar dados abrangentes, os pesquisadores identificaram que profissões que demandam “um uso considerável dos braços e pernas e movimentação de todo o corpo” estavam associadas a um risco aumentado de demência.

Entre as profissões destacadas estavam vendedores de varejo e outros, auxiliares de enfermagem, agricultores e produtores de gado.

O risco em números

Os resultados revelaram que aqueles que desempenhavam funções fisicamente exigentes tinham aproximadamente 15,5% mais probabilidade de desenvolver demência em comparação com profissões menos desgastantes, as quais apresentaram apenas 9% de probabilidade.

Os pesquisadores apontam para uma relação clara entre a natureza dessas ocupações e os impactos no corpo e na mente.

Destruição no corpo e na mente

Os motivos por trás dessas descobertas envolvem a destruição que trabalhos fisicamente exigentes podem causar no corpo e na mente.

A sobrecarga constante, os movimentos repetitivos e a intensidade física dessas ocupações podem contribuir para o comprometimento cognitivo, destacando a importância de considerar não apenas os benefícios financeiros, mas também os impactos a longo prazo na saúde.

À medida que a sociedade avança, compreender as implicações de determinadas profissões na saúde cognitiva torna-se crucial.

O estudo da The Lancet oferece uma visão perspicaz sobre as ocupações que podem aumentar o risco de demência. Agora, cabe às organizações e profissionais refletirem sobre as práticas laborais, considerando medidas para proteger não apenas a produtividade, mas também o bem-estar de seus colaboradores.