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Busca de desculpas para faltar ao trabalho atingem alta no Google

Um novo levantamento sobre o volume de pesquisas no Google por desculpas para faltar ao trabalho revela que as buscas aumentaram – e muito – nos últimos dois anos. A alta foi de 630% de 2018 a 2022 para os 10 termos diferentes e mais populares. O levantamento foi feito pelo Frank Recruitment Group e indica que as buscas por desculpas “dizendo que está doente” são as campeãs. A sofisticação das procuras mostra casos singulares, onde a busca é por “desculpas realistas para faltar ao trabalho”.

Para Rowan O’Grady, presidente do Frank Recruitment Group para as Américas, “ver os volumes de pesquisa aumentarem tão drasticamente em 2021 é definitivamente interessante”. De acordo com ele, a tendência parece coincidir com o início do regresso ao trabalho pós-pandemia e que a transição do trabalho remoto para o presencial não tem sido fácil. “O importante, claro, não é tentar “voltar ao normal”, mas sim avançar para um amanhã mais saudável”, argumenta o especialista.

Shané P. Teran, da SP Consulting, outra profissional ouvida pela consultoria americana, lembra da importância da comunicação para tirar o estigma da ausência no local de trabalho. Segundo ela, aqueles que estão procurando desculpas para faltar ao trabalho provavelmente sentem que não têm um supervisor ou uma cultura organizacional na qual possam tirar uma folga livremente sem serem ridicularizados ou desafiados.

Ela também enfatizou que o retorno ao trabalho requer cuidados dos empregadores. “Várias pessoas não estão experimentando a graça e a compreensão de que precisam dos empregadores, o que as levam a uma decisão de fingir, mas escapar por todos os meios necessários [como as desculpas para faltar ao trabalho]”, argumenta. “As pessoas precisam tirar mais tempo de folga para administrar os fatores estressantes duradouros que acompanham esse ajuste”, completa.

Como desestimular quem quer faltar ao trabalho

A consultora indica soluções para esse novo desafio e a chave para uma mudança significativa e de longo prazo é o equilíbrio. “Os empregadores devem encontrar um equilíbrio entre interesses conflitantes como a recuperação de receita e bem-estar dos funcionários”.

Na prática, o que ele recomenda é a contratação de mais funções sempre que possível, para que as cargas de trabalho tornem-se mais gerenciáveis ​​entre as equipes. A busca da transformação digital e da automação para melhorar o fluxo de trabalho organizacional é outra dica. Ela também recomenda o envolvimento das equipes em processos de co-criação das medidas. “Se os funcionários puderem desempenhar um papel na concepção e até na implementação, é mais provável que se sintam vistos, ouvidos e, portanto, engajados”, finaliza.