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Brasiliense é torturado por traficantes no Rio e forçado a comer a própria orelha, diz jornal

Vítima foi sequestrada e sofreu agressões cruéis de membros do Comando Vermelho (CV)

O caso de tortura e execução envolvendo o brasiliense Fabrício Alves Monteiro, de 28 anos, tem gerado grande repercussão. A vítima foi sequestrada e brutalmente torturada por traficantes do Comando Vermelho (CV) na zona norte do Rio de Janeiro, durante o Carnaval.

De acordo com a coluna “Na Mira”, do Metrópoles, relatos de um primo e um amigo de Fabrício indicam que ele foi submetido a um “protocolo de tortura e execução” criado pelo notório líder da facção, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Os três jovens, que haviam viajado de Brasília para o Rio para curtir o Carnaval, foram rendidos por traficantes na Avenida Brasil enquanto seguiam as instruções do GPS para uma festa. Durante o sequestro, os criminosos tomaram o celular de Fabrício e, ao acessarem suas mensagens, encontraram conversas e fotos que, segundo eles, faziam apologia ao Terceiro Comando Puro (TCP), facção rival do CV. Esse conteúdo foi suficiente para que Fabrício fosse submetido a uma série de atrocidades.

Os traficantes o agrediram com coronhadas e decepando os dedos de uma de suas mãos. A tortura se intensificou quando os criminosos cortaram uma de suas orelhas e o forçaram a comê-la, como parte de um ritual de humilhação.

Após a sessão de tortura, os dois amigos de Fabrício foram liberados, mas o jovem desapareceu. A polícia encontrou o carro onde os três estavam abandonado na Avenida Brasil, próximo à comunidade do Muquiçu, dominada pela facção rival. Dentro do veículo, havia um corpo carbonizado, que as autoridades acreditam ser de Fabrício.

O caso, inicialmente registrado na 31ª DP, foi transferido para a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) e, depois, para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A polícia realizou um exame de DNA no corpo encontrado, mas ainda aguarda os resultados para confirmar a identidade da vítima. O crime está sendo tratado como homicídio, e as investigações seguem para esclarecer a motivação e identificar os responsáveis pela execução.