Na terça-feira (23), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que exclui os condenados por invasão de domicílio e esbulho possessório – ocupação de terras – do recebimento do Bolsa Família. O projeto ainda aguarda análise no plenário da Câmara.
A iniciativa integra o pacote anti-invasão, liderado pela presidente da comissão, a deputada Carolina De Toni (PL-SC), em resposta ao “Abril Vermelho”, uma Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, conduzida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O projeto estabelece quatro restrições para os condenados por esses dois crimes:
- Receber auxílios, benefícios e programas do Governo Federal, como o Bolsa Família;
- Firmar contratos com o poder público em todas as esferas federativas, por oito anos após a condenação definitiva;
- Inscrever-se em concursos públicos ou processos seletivos para cargos públicos, empregos ou funções, durante o mesmo período de oito anos;
- Ser nomeado para cargos públicos comissionados, também durante o período de oito anos após a condenação definitiva.
De acordo com a proposta, caso o condenado esteja em uma das situações mencionadas, perderá o benefício e o cargo público automaticamente.