Porta-voz deu declarações nesta terça-feira

Porta-voz deu declarações nesta terça-feira
Nesta terça-feira (8), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que a tarifa adicional de 50% que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia ameaçado impor à China entrará em vigor nesta quarta (9), o que eleva para 104% a sobretaxa total a produtos chineses.
A tarifa extra será adicionada a partir de meia-noite a outra taxa de 24% que Trump havia anunciado há uma semana, aos 20% com as quais o governo dos EUA já tributava exportações chinesas por considerar que o país asiático não se esforçava o suficiente para impedir a entrada de fentanil em território americano e a outros 10% que a Casa Branca ativou sobre todos os seus parceiros comerciais.
O governo chinês tem dito que não cederá a Trump em matéria de política comercial e anunciou que responderia com tarifa de 34% sobre exportações americanas como resposta às taxas anunciadas pelos EUA em 2 de abril. Porém, o presidente americano ameaçou aplicar mais 50%, o que concretizou hoje, confirmando uma escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
– Foi um erro a China retaliar o presidente: quando os Estados Unidos são atingidos, eles respondem com mais força. É por isso que, à meia-noite, as tarifas de 104% contra a China entrarão em vigor – explicou Leavitt em entrevista coletiva.
Horas antes, Trump havia dito que Pequim quer “desesperadamente” um acordo sobre as tarifas, mas considerou que não sabe “como começar” a negociar e ressaltou que a Casa Branca estava esperando uma ligação do presidente chinês, Xi Jinping, algo que a porta-voz repetiu em sua coletiva.
– O presidente acredita que Xi [Jinping] e a China querem chegar a um acordo. Eles só não sabem como iniciar o acordo. E o presidente também quer que eu diga a todos que, se a China fizer uma abordagem para chegar a um acordo, ele será incrivelmente generoso, mas fará o que for melhor para o povo americano – acrescentou.
Nas possíveis negociações futuras entre Pequim e Washington também está o futuro do aplicativo TikTok nos EUA, que o governo Trump exigiu que se desvincule de sua empresa matriz, a chinesa ByteDance, para poder atuar em território americano.
Com informações da Agência EFE