Uma nova pesquisa concluiu que alterações nas proteínas do sangue podem indicar o início da velhice
Por mais que adotemos hábitos para garantir um envelhecimento saudável, a velhice chega para todos. O que muitos não sabem é que podem estar nesse período da vida sem perceber, de acordo com um estudo.
Foram destacados sinais em nossas proteínas que podem indicar vestígios de que estamos entrando na velhice. O estudo separou as fases em que essas alterações começam a ocorrer.
Percepção sobre a velhice
Um material divulgado na revista científica Psychology and Aging indica que a idade em que alguém é percebido como velho está aumentando.
A pesquisa, comandada por Markus Wettstein, pesquisador da Universidade Humboldt em Berlim, Alemanha, revelou que, atualmente, adultos de meia-idade e idosos se sentem muito mais jovens do que pessoas da mesma idade há uma ou duas décadas.
Acredita-se que isso se deve ao fato de que as pessoas têm alcançado uma longevidade superior em comparação com gerações anteriores.
Relógio cronológico da velhice
A matéria também destaca o relógio cronológico da velhice. Segundo a revista National Geographic, o aumento do interesse científico sobre o envelhecimento fez com que investidores e governos alocassem muitos recursos em pesquisas. Isso contribuiu para mudanças na percepção sobre o processo de envelhecimento.
Por esse ângulo, uma pesquisa apontou um elemento que pode indicar quando estamos realmente envelhecendo. Cientistas de Stanford examinaram o plasma no sangue de 4.263 doadores e descobriram que as proteínas são indicadores valiosos desse processo.
O autor do artigo, Tony Wyss-Coray, professor de neurologia e ciências neurológicas da universidade, comenta que as proteínas refletem alterações em nosso relógio cronológico.
“As proteínas são os burros de carga das células constituintes do corpo, e quando seus níveis relativos sofrem alterações substanciais, significa que você também mudou”, explica.
Proteínas como indicadoras
Os pesquisadores examinaram mais de 3 mil proteínas em cada indivíduo e identificaram 1.379 que variam conforme a idade. No entanto, destacaram que a partir de 373 dessas proteínas já era possível prever a idade dos participantes.
A análise foi dividida em três fases: dos 34 aos 60 anos, considerada idade adulta; dos 60 aos 70, maturidade tardia; e a partir dos 78 anos, velhice.
Embora as fases tenham intervalos distintos, os cientistas observaram que, em cada uma delas, as proteínas começaram a diminuir até não serem mais produzidas.
