Em entrevista , Marcelo Trípoli, CEO e fundador da Zmes, explicou que alguns os processos o IA pode fazer melhor e por um preço mais barato do que um ser humano
A Inteligência Artificial pode acabar com 27% dos empregos em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, de acordo com o próprio grupo que reúne as 38 nações mais desenvolvidas do mundo.
Em entrevista à CNN, Marcelo Trípoli, CEO e fundador da Zmes, explicou que tudo que é linear, repetitivo e segue um padrão, a IA pode fazer melhor e por um preço mais barato do que um ser humano.
“As atividades que são mais ameação pela IA são aquelas atividades repetetitiva, que podem ser automotizadas. Todas as atividades que são pouco intelectuais, no sentido de pouco criativas, que dependam de poucos processos decisórios, elas podem ser automatizadas porque elas seguem um padrão”, disse.
O especialista destacou que a IA não necessariamente tirará o emprego do ser humano, mas mudará o escopo da função.
“A questão é que tudo isso precisa ser gerenciado, conduzido. De certa forma precisa ser criado. Então é aí que o emprego muda. A gente sai de um profissional que vai fazer um trabalho repetitivo e passa para um trabalho mais criativo, tem uma migração do emprego, então O IA tira esse emprego de uma tarefa repetitiva”, explicou.
Trípoli deu exemplos de como as novas tecnologias podem afetar determinadas áreas.
“O trabalho de leitura e classificação de um processo, pegar um reembolso médico em uma área administrativa da empresa”, começou.
“No jornalismo, por exemplo, tirar estatística de um jogo é um processo massante. Até alguns anos atrás, era feito por uma pessoa que ficava anotando e hoje, com um software de reconhecimento de imagem associado com o algoritimo, consegue classificar automaticamente”, continuou.
Trípoli destacou que a mudança no jornalista não tira o poder do profissional uma opinião sobre um jogo.
“Na verdade, isso tirou a condição operacional de ficar coletando dados, que é um trabalho massivo, e levou para um trabalho criativo, conceitual e imaginativo.”
“Outro exemplo foi na área da saúde, onde, segundo ele, pode afetar toda a humanidade.
“Imagina o poder da IA de conseguir olhar para milhares de diagnósticos de câncer e ajudar o médico a tomar a decisão de qual o melhor tratamento, não só baseado na experiência daquele médica, mas baseado na experiência coletiva de milhões de médico que olharam diagnósticos parecidos”, disse.
“A medicina é uma da áreas que vai passar por uma grande mudança positiva, trazendo mais produtividade e ganho de escala para as empresas”, acrescentou.