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ALERTA GERAL sobre o confisco de poupança no Brasil: LULA confirmou decisão? Veja agora

Posts na internet indicam que o presidente Lula teria dito que vai confiscar poupanças

Um post que circula pelas redes sociais mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria tido que vai confiscar poupança dos brasileiros, assim como fez o ex-presidente Fernando Collor de Melo nos anos 90. Contudo, não é preciso se assustar. O vídeo em questão foi adulterado, de modo a enganar pessoas na internet.

Na verdade, no vídeo que está circulando, o presidente Lula fala sobre uma “poupança regional”. Segundo o petista, trata-se de um sistema de reserva financeira comum entre os países da América do Sul. Não há qualquer relação nesta declaração entre o que o presidente está falando e a caderneta de poupança dos brasileiros.

Lula deu, de fato, a seguinte declaração: “Sugiro a consideração de vocês às seguintes iniciativas: colocar a poupança regional a serviço do desenvolvimento econômico e social, mobilizando os bancos de desenvolvimento como a CAF, o Fonplata, o Banco do Sul e o BNDES.”

Logo na sequência desta declaração, o vídeo mostra uma mulher afirmando: “Quem tem algum dinheirinho guardado, que seja R$ 1 mil, R$ 2 mil, tira. Voltamos à era do dinheiro no colchão”. A postagem foi publicada em redes sociais como TikTok, Instagram e Twitter.

Não é verdade

Como dito, o vídeo distorce o que foi dito por Lula. Depois da grande repercussão nas redes sociais, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República confirmou que o presidente jamais disse que poderá retomar o confisco de poupança, e que não há nenhuma previsão de que algo semelhante ocorra neste seu terceiro mandato.

Na verdade, mesmo que Lula mudasse de ideia e decidisse aplicar um confisco, ele não conseguiria aplicar este sistema. Hoje, esta prática não é permitida pelas leis brasileiras. Veja o que diz a Emenda Constitucional 32, aprovada em 2001:

“Fica proibida a edição de medidas provisórias sobre matéria que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou de qualquer ativo financeiro.”

O confisco da poupança

A possibilidade de confisco de poupança é algo que assusta milhões de brasileiros, principalmente porque muitos deles já foram impactados por este sistema nos anos 90. Na ocasião, a Ministra da Fazenda do governo Collor, Zélia Cardoso de Melo, anunciou o novo plano econômico para tentar conter a hiperinflação.

Entre outros pontos, este plano econômico previa o bloqueio das cadernetas de poupança. Estima-se que 80% do dinheiro que foi aplicado pelos cidadãos ficou retido no Banco Central por 18 meses, o que acabou causando um impacto extremamente negativo na vida de milhões de pessoas.