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Milhões na conta? Veja quanto ganham os CEOs mais bem pagos no Brasil

Se você já se perguntou quais são os maiores salários pagos no Brasil, saiba que essa matéria irá tirar todas suas dúvidas.

Ocupar um cargo de CEO significa assumir diversas responsabilidades dentro de uma empresa. Mas como nem tudo é composto apenas de ônus, há também os bônus que vêm com o cargo máximo na hierarquia empresarial: os altos salários. De acordo com um levantamento realizado no Brasil, os dez CEOs mais bem pagos do país receberam em 2022, uma remuneração igual ou superior a R$ 30 milhões.

Dessa forma, o mais bem pago é o CEO da Hapvida, Jorge Pinheiro Koren de Lima, que recebeu R$ 82 milhões. Filho mais velho do fundador do plano de saúde, Jorge comanda a Hapvida desde 2001. Foi sob sua gestão que a clínica do pai se transformou em uma das maiores empresas de saúde do Brasil.

Além do cargo de CEO, Jorge integra também o conselho de administração, onde recebe um pagamento extra de, pelo menos, R$ 653 mil. Essa é a menor remuneração paga a um conselheiro da empresa. No entanto, Jorge não é o único CEO milionário do país.

Bancos e companhias

Atrás do CEO da Hapvida, estão os CEOs da Vale, Itaú Unibanco, JBS e Eneva, com salários entre R$ 55 milhões e R$ 59 milhões. Os dados foram divulgados pelo especialista em governança Renato Chaves. Os valores foram baseados nos formulários de referência das 82 empresas que integram atualmente o Ibovespa, índice referência da B3 e que estabelece as empresas de maior liquidez na Bolsa.

No entanto, o número absoluto da remuneração não é o suficiente para avaliar o nível de governança das empresas. Além disso, é preciso levar em consideração também o tamanho e a complexidade do negócio, assim como a diferença entre a maior remuneração e a remuneração média ofertada pela companhia.

Faturamentos acima de R$ 30 bilhões

De acordo com o estudo feito por Chaves, a média da relação entre a maior remuneração e a receita para empresas com mais de R$ 30 bilhões de faturamento, foi de 0,023%. Seguindo esse critério, a remuneração ofertada pela Cosan é a que mais foge da média dessa faixa de faturamento: 0,096% ou R$ 38,3 milhões para a receita de R$ 39,7 milhões.

A mesma situação se repete na Casas Bahia, com 0,074% ou R$ 22,9 milhões frente a um faturamento de R$ 30,9 bilhões. Por outro lado, mesmo ofertando as maiores remunerações, na JBS, por exemplo, o pagamento de R$ 55,9 milhões ao CEO representou apenas 0,015% do faturamento estimado em R$ 374,8 bilhões. Já no caso do Itaú, os R$ 59,1 milhões pagos ao CEO representa somente 0,021% dos R$ 283,3 bilhões.

Mas se engana quem pensa que os desvios de padrão acontecem apenas em empresas grandes. No caso da Hapvida, a relação é de 0,35%, mais de 4 vezes a média para as empresas com faturamento entre R$ 10 bilhões e R$ 30 bilhões, estimado em 0,08%. A B3 se encontra nessa mesma faixa, com uma remuneração de R$ 29,7 milhões frente ao faturamento do R$ 10 bilhões.

Por fim, a pior relação entre a maior remuneração e o faturamento da empresa foi registrado na CVC. A empresa de turismo remunerou seu CEO em R$ 19,4 milhões no ano passado, quando registrou um faturamento de R$ 1,2 bilhão.