Conforme o CEO da empresa, o roxinho pode não sobreviver nos próximos anos. Entenda quais mudanças podem provocar o fim do Nubank.
O CEO do Nubank, David Vélez, fez um anúncio importante sobre o banco digital. De acordo com Vélez, o cenário político e econômico do país poderá colocar fim aos serviços da instituição bancária digital. O Nubank é uma das maiores empresas de tecnologia financeira do Brasil, com mais de 30 milhões de clientes.
Contudo, conforme o CEO da empresa, o roxinho pode não sobreviver nos próximos anos. Entenda quais mudanças podem provocar o fim do Nubank.
Nova política do governo pode impactar Nubank
A nova política do governo que pode impactar o Nubank é o teto de juros do cartão de crédito. Para Vélez, a mudança deve atingir o setor financeiro como um todo. Além disso, a política também afetaria negativamente os próprios clientes que perderiam o acesso à modalidade de crédito.
Em entrevista ao Valor Econômico, o CEO do Nubank afirmou que caso o governo estabelecesse o teto de gastos, milhares de clientes perderiam o cartão de crédito já no dia seguinte à determinação.
Isso porque, de acordo com Vélez, a baixa lucratividade dos contratos faria as instituições bancárias adotarem uma posição de preservar os bancos e o crescimento da empresa. Sendo assim, o oferecimento do crédito seria diminuido.
Mudança reduziria receita do banco digital em 17%
No entanto, a mudança reduziria a receita do Nubank em 17%, de acordo com um levantamento do Santander. Dessa forma, o anúncio do CEO do Nubank é visto também como uma pressão da instituição ao governo, para que não altere o teto de juros do cartão de crédito.
A proposta faz parte do pacote de medidas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem como objetivo estimular o crédito no Brasil. Atualmente, a taxa da modalidade de crédito é de 417,4% ao ano, uma das mais altas.
Assim, a instituição do teto busca reduzir os juros do rotativo do cartão de crédito, e conter o número de endividados no país.
