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Onça que matou caseiro não vai voltar para natureza, diz ICMBio

Animal está desidratado e apresenta alterações hepáticas, renais e gastrointestinais

O animal que atacou e matou o caseiro Jorge Ávalos, de 60 anos, no Mato Grosso do Sul, na última segunda-feira (21), não vai ser devolvido para a natureza. A informação é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A onça-pintada vai ficar em cativeiro e será destinada a uma instituição mantenedora de fauna apta a recebê-la. Além disso, vai ser incorporado ao Programa de Manejo Populacional da Onça-Pintada, coordenado pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Segundo a FolhaPress, o animal está desidratado e apresenta alterações hepáticas, renais e gastrointestinais. De acordo com boletim médico divulgado nesta sexta-feira (25), os veterinários ainda aguardam laudos e resultados de exames – como raio-X, ultrassom e hemograma – para concluir o diagnóstico do estado de saúde da onça.

Ainda de acordo com o boletim, o felino de nove anos e 94 quilos, está ”bem abaixo do peso” e em situação ”combalida”. Segundo o biólogo Tiago Leite, a magreza do animal pode ter sido um fator que cotribuiu para o ataque. ”Um animal magro pode já ser mais idoso ou está passando por algum tipo de problema e, portanto, pode estar tendo dificuldade de capturar suas presas habituais no ambiente natural. Isso pode ter levado ele a buscar fontes de recurso mais fácil, como a presa humana”, disse o especialista à FolhaPress.

Os restos mortais do caseiro foram encontrados na última terça-feira (22) próximos a uma fazenda na cidade de Aquidauana. A vítima foi atacada perto de um pesqueiro dentro do local onde trabalhava.