Para senador, manifestação do CFM serviria de orientação sobre os limites de agentes externos em ambientes hospitalares

Para senador, manifestação do CFM serviria de orientação sobre os limites de agentes externos em ambientes hospitalares
O senador Magno Malta (PL-ES) encaminhou, nesta quinta-feira (24), um ofício ao presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, solicitando posicionamento institucional sobre a intimação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada enquanto ele permanece internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital DF Star, em Brasília.
O parlamentar expressou preocupação com o ocorrido, amplamente divulgado pela imprensa, que ocorreu no dia 23 de abril. De acordo com boletim médico da própria instituição hospitalar, divulgado em 24 de abril, houve uma piora no estado de saúde de Bolsonaro após a diligência judicial, o que levanta questionamentos sobre a preservação da integridade física e emocional de pacientes em tratamento intensivo.
– Trata-se de um episódio que exige reflexão e posicionamento claro das instituições médicas do país – afirmou o senador.
No ofício, Magno Malta solicita que o CFM avalie a possibilidade de se manifestar publicamente, por meio de nota oficial, sobre a compatibilidade desse tipo de ação judicial ou policial em ambientes hospitalares críticos com os princípios do Código de Ética Médica, em especial no que se refere à dignidade, à confidencialidade e à proteção integral do paciente.
Segundo o senador, a manifestação do CFM poderá servir de orientação para médicos e instituições de saúde, reforçando os limites da atuação de agentes externos em ambientes hospitalares e reafirmando o compromisso da medicina com os valores fundamentais do cuidado humano.
Até o momento, Bolsonaro segue internado na UTI.