Antes que a intimação do Supremo Tribunal Federal fosse entregue a Jair Bolsonaro em seu leito de Unidade de Terapia Intensiva, no Hospital DF Star, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro procurou interceder junto à servidora responsável pela entrega.
Ela alegou que o marido estava em recuperação de uma cirurgia delicada e questionou se seria possível adiar a assinatura do documento até que o ex-presidente deixasse a UTI.
A oficial de Justiça respondeu: “Isso não depende da minha vontade. Estou aqui só cumprindo ordens. Não posso fazer nada”.
Apesar da tentativa de mediação por parte de Michelle, a servidora prosseguiu com sua missão e conseguiu que Bolsonaro assinasse o documento ainda na UTI. Com isso, foi iniciado o prazo de cinco dias para que o ex-presidente apresentasse sua defesa prévia no processo penal em que é acusado de envolvimento em suposta tentativa de golpe de Estado.
Segundo interlocutores próximos, Michelle relatou que o episódio teve impacto na saúde do marido. A pressão arterial de Bolsonaro, que costuma se manter em 13 por 8, teria disparado para 18 por 9 diante da presença da oficial de Justiça.
Para evidenciar a gravidade da condição médica do ex-presidente, Michelle teria mostrado fotos da cirurgia armazenadas em seu celular a amigos próximos.
