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Defesa de idosa presa pelo 8/1 divulga nota pública por justiça

Advogados divulgaram uma nota pública

Nesta segunda-feira (14), a defesa de Adalgiza Dourado, que está presa pelos atos do 8 de janeiro, emitiu uma nota pública. O texto é um clamor por justiça em favor da idosa de 65 anos.

Na nota, os advogado de dona Adalgiza citam a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que mandou soltar, na última sexta (11), o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), um dos réus na ação penal sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro.

– Enquanto o Brasil assiste estarrecido à concessão de prisão domiciliar ao deputado Chiquinho Brazão — principal suspeito do assassinato da vereadora Marielle Franco —, uma idosa de 65 anos, dona Adalgiza, segue encarcerada no Presídio Feminino da Colmeia (DF), em condições absolutamente desumanas – destaca a nota pública.

O documento aponta que a idosa sofre de depressão grave, possui histórico de pensamentos suicidas, e não tem recebido sequer o mínimo atendimento médico-psiquiátrico ou psicológico dentro da unidade prisional. Sua vida está em risco iminente.

Na última quarta-feira (9) os advogados de Adalgiza, Luiz Felipe Pereira da Cunha, Navaroni e Tanieli, ingressaram com pedido de prisão domiciliar humanitária. Até o momento, a solicitação não foi apreciada pelo Poder Judiciário.

– O clamor é por urgência. O Brasil já presenciou mortes anunciadas em presídios, como o caso de Clézio (Clezão), na Papuda. Não podemos permitir que mais uma tragédia ocorra por omissão do Estado. A vida de dona Adalgiza importa. Justiça, já – ressalta a defesa.

Adalgiza cumpre pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Ela recebeu como pena 16 anos e seis meses de prisão.

A idosa foi presa no dia 8 de janeiro de 2023, dentro do Palácio do Planalto, e chegou a ser liberada da prisão, sob a condição de que usasse a tornozeleira eletrônica. Contudo, a idosa voltou a ser presa, em junho de 2024, em decisão que foi justificada pelo ministro Alexandre de Moraes, com o “fundado receio de fuga da ré”.

Adalgiza foi condenada pelos crimes de associação criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração do patrimônio tombado. Sua condenação já transitou em julgado.