Um novo e revoltante episódio de abuso institucional e tortura psicológica nesta quarta-feira, 9 de abril. A idosa Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos, presa política e em estado de saúde extremamente frágil, foi arrancada à força de uma videoconferência com seu advogado, Dr. Luiz Felipe Cunha, em mais uma demonstração do tratamento cruel, desumano e degradante que vem sofrendo no Presídio Feminino do Distrito Federal, conhecido como Colmeia.
O atendimento jurídico estava agendado entre 8h20 e 8h50, mas Adalgiza só foi colocada na sala virtual às 8h40, com um atraso injustificável de 20 minutos. Após apenas 15 minutos de conversa, a sessão foi interrompida abruptamente, e agentes retiraram a idosa quase à força, ignorando completamente sua condição mental e emocional.
“Foi mais um episódio de tratamento absolutamente incompatível com a dignidade da pessoa humana. Minha cliente saiu chorando e angustiada. Não é a primeira vez que isso acontece”, afirmou o advogado.
Adalgiza sofre de depressão profunda, arritmia cardíaca e ideação suicida, e segue sem acesso a atendimento médico minimamente adequado há meses, mesmo após decisões judiciais determinando a realização de exames desde outubro de 2024. A defesa alerta: ela corre risco real de morte dentro da penitenciária.