Ex-jogador teve diversas conquistas ao longo da carreira e participou da Copa do Mundo de 1966

Ex-jogador teve diversas conquistas ao longo da carreira e participou da Copa do Mundo de 1966
Ídolo do Botafogo e titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, o ex-goleiro Manga morreu nesta terça-feira (8), aos 87 anos. Ele enfrentava um câncer de próstata nos últimos anos e estava internado no Hospital Rio Barra, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A morte de Manga foi anunciada pelo próprio Botafogo.
– É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga, aos 88 anos, no Hospital Rio Barra – declarou o clube.
O presidente do Botafogo associativo, João Paulo de Magalhães Lins, prometeu homenagens ao ídolo alvinegro e ofereceu o salão nobre de General Severino para a realização do velório.
– Faremos todas as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em nossos corações – afirmou o dirigente.
Manga é considerado um dos grandes goleiros da história do futebol brasileiro. Nascido no Recife, ele iniciou sua carreira no Sport, no qual foi tricampeão pernambucano (1955, 1956 e 1958). Mas se tornou conhecido em nível nacional e mundial ao brilhar no Botafogo entre 1959 e 1968.
Ele participou de quatro conquistas do Campeonato Carioca (1961, 1962, 1967 e 1968) e duas do Torneio Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966). Manga era uma das referências de duas grandes formações do Botafogo, que na época rivalizava com o Santos pelo título simbólico de melhor time do Brasil, nas temporadas de 61 e 62, e 67 e 68.
Com o destaque no alvinegro carioca, Manga ganhou espaço na Seleção Brasileira e chegou a ser titular na Copa do Mundo de 1966. Ele compôs a equipe ao lado de lendas, como Garrincha, Zagallo, Nilton Santos, Didi, Gérson e Jairzinho.
Depois de brilhar no Botafogo, o goleiro também se destacou no Nacional, do Uruguai. Pela equipe do país vizinho, ele foi campeão da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, ambos em 1971. Faturou ainda quatro títulos nacionais uruguaios. Ele passou ainda pela dupla Gre-Nal, com maior destaque pelo time colorado, onde também se tornou ídolo – foi bicampeão brasileiro (1975 e 1976) e tri gaúcho.
Manga encerrou sua carreira no Barcelona de Guayaquil, do Equador, em 1982, aos 45 anos. Antes disso, foi campeão equatoriano no ano anterior. Ele também se tornou famoso por não usar luvas numa época em que era comum os goleiros atuarem com a proteção nas mãos. Dizia que não se sentia confortável, uma vez que tinha dedos tortos. Compensava com óleo e areia nas mãos para melhorar a aderência.
O jogador se tornou tão simbólico de sua posição em sua época que recebeu homenagem quando ainda estava vivo. O dia do seu nascimento, 26 de abril, se tornou oficialmente o Dia do Goleiro.