Considerada uma das maiores pepitas de âmbar já encontradas, foi vendida pelos herdeiros romenos

Considerada uma das maiores pepitas de âmbar já encontradas, foi vendida pelos herdeiros romenos
Uma das maiores pepitas de âmbar já encontradas foi usada durante anos por uma idosa na Romênia apenas para travar a sua porta. A pedra de 3,5 kg foi encontrada no leito de um riacho no sudeste do país por uma senhora, que a levou para casa e passou a utilizá-la.
Segundo o jornal El País, a descoberta dela acabou sendo um dos maiores pedaços intactos de âmbar do mundo e atualmente, a pedra está avaliada em U$ 1 milhão (cerca de R$ 5,6 milhões).
O âmbar é resina de árvore de milhões de anos atrás. Com o tempo, essa substância altamente viscosa se fossiliza, transformando-se em um material duro, de tonalidade quente, e é reconhecida como uma pedra preciosa.
Na Romênia, alguns pedaços de âmbar podem ser encontrados nos arredores da vila de Colți, em depósitos de arenito nas margens do rio Buzău, onde a extração ocorre desde de 1920.
A idosa que encontrou essa pepita de âmbar do tipo “rumanita” vivia em Colți, onde a peça permaneceu cumprindo a função de segurar a porta.
Segundo a família, quando a casa foi invadida por ladrões, eles não perceberam a preciosidade da pedra.
Herança da família
Após a morte da mulher, em 1991, o parente que herdou sua casa passou a suspeitar que o batente de porta pudesse valer mais do que aparentava. Ao descobrir o que realmente tinha em mãos, ele vendeu o âmbar para o Estado romeno, que então encaminhou a peça para ser avaliada por especialistas do Museu de História de Cracóvia, na Polônia.
Segundo esses especialistas, o âmbar negociado pelo herdeiro da idosa tem entre 38 e 70 milhões de anos.
O diretor do Museu Provincial de Buzău, Daniel Costache, apontou que a pedra significa uma grande contribuição científica para o país.
“Sua descoberta representa uma grande importância tanto em nível científico quanto museológico”, afirmou.
Classificada como tesouro nacional da Romênia, a pepita está em exibição no Museu Provincial de Buzău, no mesmo condado onde foi encontrada, desde de 2022.