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‘Falta imparcialidade’, diz Mourão, sobre julgamento de Bolsonaro

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) comentou, na tarde desta terça-feira, 25, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados de uma suposta tentativa de golpe de Estado. O julgamento teve início nesta manhã, pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu, infelizmente, não vejo com bons olhos esse estado de coisas a que hoje assistimos”, afirmou Mourão, sobre a condução do julgamento.

Indagado sobre as especulações acerca do suposto golpe tramado durante o governo Bolsonaro, do qual serviu como vice-presidente da República, o senador afirmou que não há elementos que fundamentem as acusações. Para o parlamentar, falta imparcialidade aos membros do STF.

“Na minha visão, não há provas!”, destacou Mourão. “E pior: o processo todo está distorcido, e os juízes envolvidos, pelo seu histórico e atitudes, não materializam possuir a tão desejável imparcialidade que o caso necessita.”

O reencontro no Senado

No mês passado, Mourão e Bolsonaro se reencontraram no Congresso Nacional, durante uma almoço que ocorreu horas antes da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente. Foi o primeiro registro oficial de um encontro entre os dois desde a eleição de Mourão para o Senado, em outubro de 2022.

A presença de Mourão e de outros nomes na ocasião mostrou que as diferentes frentes da direita na Casa Alta estão organizadas em torno do ex-presidente. A pauta da reunião, segundo os participantes, foi a anistia aos presos pelo 8 de janeiro.

Bolsonaro no banco dos réus

A 1ª Turma do STF julga Bolsonaro por uma suposta tentativa de golpe de Estado depois de sua derrota nas eleições de 2022.

A denúncia apresentada pela PGR também imputa ao ex-presidente os crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado​ e deterioração de patrimônio tombado.