O ex-mestre-sala William Braga, conhecido como Lilico, concedeu entrevista ao podcast PodCrê, onde relatou sua trajetória antes da conversão ao Evangelho. Atualmente pastor, ele afirmou que em sua antiga vida participava de rituais espirituais ligados ao carnaval e não entende cristãos que participam da festa.
“Eu servia a 40 demônios. Eu sacrificava para 40 demônios. Dentro desse meio, ninguém professa fé em Deus, a fé que se professa é nos demônios”, declarou o ex-integrante da escola de samba Estação Primeira de Mangueira.
Rituais no carnaval
Lilico revelou que, na época em que atuava como mestre-sala, recebia ameaças caso sua performance não garantisse uma boa pontuação para a escola. Segundo ele, isso o levou a recorrer a trabalhos espirituais para assegurar um bom resultado.
O pastor mencionou um episódio em que a Mangueira não teve um desempenho satisfatório no desfile, o que gerou grande pressão sobre ele. “Só havia uma expectativa do que poderia salvar a agremiação: minha apresentação como mestre-sala”, relatou.
Crítica à participação de cristãos no carnaval
Após sua conversão, Lilico passou a condenar a presença de cristãos em festas carnavalescas. Ele afirmou que aqueles que continuam envolvidos com a festividade após professarem fé em Cristo não passaram pelo verdadeiro novo nascimento.
“Esse pessoal que diz que se converteu e continua cantando para o mundo não nasceu de novo”, declarou.
O pastor mencionou o caso da cantora Claudia Leitte como exemplo de alguém que, segundo ele, não demonstra a renúncia exigida pelo Evangelho. Para fundamentar sua posição, citou a passagem bíblica sobre Nicodemos, destacando que Jesus ensinou a necessidade de nascer de novo para entrar no Reino de Deus (João 3:3).
Lilico concluiu enfatizando que a conversão genuína implica em abandonar práticas do passado. Seu testemunho reflete uma perspectiva comum entre cristãos evangélicos que defendem a separação total das festividades seculares.
