O senador Eduardo Girão (Novo-CE) estuda protocolar um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet. O parlamentar alega que Gonet teria sido conivente com supostas ações de coação praticadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid.
Segundo Girão, o procurador-geral da República não teria interferido diante da pressão exercida sobre Cid, que supostamente teria mudado sua versão após ameaças de prisão a familiares.
“A presença de Gonet no episódio levanta questionamentos sobre sua omissão diante de uma possível tortura, conduzida sob pressão do ministro Alexandre de Moraes”, afirmou o senador.
A equipe de Girão destaca que as imagens da delação de Cid indicam uma “pressão anormal”, o que poderia comprometer a validade das provas e gerar suspeitas sobre irregularidades no processo. O senador classifica a postura de Gonet como “cumplicidade com a arbitrariedade judicial”, ao não intervir diante do que considera uma coerção.