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Alerta de terremoto iminente preocupa moradores de diversas cidades

EUA se preparam para possível terremoto e tsunami devastadores na Zona de Subducção de Cascadia

A costa do Oregon, nos Estados Unidos, está sob alerta devido à possibilidade de um grande terremoto na Zona de Subducção de Cascadia. Essa falha tectônica, com cerca de 1.100 km, vai do norte da Califórnia até a Colúmbia Britânica, no Canadá.

Cientistas apontam que a pressão acumulada entre as placas tectônicas Juan de Fuca e Norte-Americana pode desencadear um tremor de magnitude similar ao ocorrido em 1700. Naquela ocasião, o evento gerou um tsunami que alcançou o Japão.

Estudos indicam que há 37% de chance de um novo megaterremoto ocorrer nos próximos 50 anos. A pressão entre as placas não tem sido liberada desde o século XVIII, tornando urgente a preparação para um cenário catastrófico.

Impacto de um megaterremoto

Em 2015, cientistas da Universidade de Washington descobriram um vazamento de fluido quente no fundo do mar, chamado Oásis de Pítia. Esse líquido, que se origina de profundezas de até 4 km, lubrifica as placas tectônicas.

Quando a pressão do fluido é alta, as placas deslizam suavemente; caso contrário, elas travam, acumulando estresse. O vazamento foi publicado em um estudo de 2023, ressaltando sua importância na previsão de terremotos.

Se um terremoto de grande magnitude ocorrer, o tremor pode durar entre cinco e sete minutos. Um tsunami com ondas de até 30 metros poderia atingir a costa em minutos, devastando infraestrutura e sistemas de energia e água.

Especialistas enfatizam a necessidade de reforçar edificações e melhorar sistemas de alerta. Diferentemente de regiões como Japão e Califórnia, a Zona de Cascadia enfrenta desafios por estar no oceano profundo, exigindo sismógrafos no fundo do mar.

Preparação e conscientização

No último dia 5, a governadora do Oregon, Tina Kotek, declarou fevereiro como o mês de conscientização sobre tsunamis e terremotos. A população é incentivada a adotar medidas de preparação, como planos de evacuação e estoques de suprimentos.

Especialistas destacam que, embora o momento exato do terremoto seja imprevisível, o planejamento é vital.

Cidades da costa oeste dos EUA implementaram sistemas de rotas de fuga e alertas de tsunami para minimizar os danos caso o fenômeno ocorra. A geóloga Laura Gabel afirma que, com infraestrutura adequada, é possível reduzir os danos e salvar vidas.