Levantamento entrevistou 28 mil pessoas em 24 países
Levantamento entrevistou 28 mil pessoas em 24 países
Uma pesquisa realizada pelo Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR) mostra que o mundo está otimista para o segundo mandato do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O levantamento ouviu mais de 28 mil pessoas em 24 países diferentes logo após o resultado das eleições norte-americanas, em novembro.
De acordo com os dados, o país que nutre a maior expectativa positiva pelo retorno do republicano é a Índia, onde 85% dos entrevistados veem como boa para os EUA a volta do presidente à Casa Branca, e 84% a enxergam como benéfica para o próprio país. A Arábia Saudita é a segunda nação mais otimista, com 69% na primeira métrica e 61% na segunda. A Rússia vem logo em seguida, com 59% e 49%, respectivamente.
No Brasil, o índice de brasileiros que acreditam que o novo mandato de Trump fará bem aos EUA é de 56%, enquanto 43% avaliam o retorno positivo para os próprios brasileiros. A parcela de pessoas que encara como ruim para o Brasil é de 25%. Outros 33% não souberam ou não quiseram opinar.
Na Ucrânia, que enfrenta uma dura guerra com a Rússia, as perspectivas estão divididas. Para 55%, a vitória de Trump será indiferente para o país. Em contrapartida, 26% a consideram boa, 20%, ruim.
Os países em que o pessimismo em relação ao novo governo Trump é mais acentuado são Suíça, Reino Unido, Coreia do Sul e a União Europeia. Embora 49% dos sul-coreanos considerem a volta de Trump boa para os americanos, somente 11% acham que será benéfica para a Coreia.
No Reino Unido, apenas 15% estão otimistas, enquanto 54% veem com maus olhos a eleição de Donald Trump. Na União Europeia, 22% estão com expectativas positivas, enquanto 38% não acreditam que vem boa coisa por aí.
– A Europa está bastante isolada em relação à sua ansiedade com o retorno de Trump à Casa Branca. Enquanto muitos europeus enxergam o presidente eleito como um desestabilizador, outros, em diferentes partes do mundo, o veem como um pacificador. Essa posição coloca a Europa em um ponto de inflexão em suas relações com a nova administração americana – analisou Ivan Krastev, coautor da pesquisa.