Polícia prende professor por oferecer dinheiro em troca de sexo com aluno em Diadema
Vítima, de 16 anos, armou uma emboscada. Docente foi detido, mas solto na sequência; polícia diz que não houve flagrante
A Polícia Civil prendeu um professor por oferecer dinheiro em troca de relações sexuais com um aluno, de 16 anos. O homem foi detido, na tarde de sexta-feira (14), em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, após a própria vítima ter marcado um encontro e montado uma emboscada para ele.
De acordo com a corporação, o adolescente aceitou o convite do professor para ir até a sua casa, localizada em um prédio na rua Santo Antônio de Pádua, no bairro Casa Grande.
No local, a vítima acionou a polícia, contou a situação e comprovou o fato por meio das trocas de mensagem que tinha com o docente.
Questionada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que investiga o caso como favorecimento de prostituição e exploração sexual de vulnerável.
Já a Seduc (Secretaria Estadual de Educação) disse que a gestão escolar comunicou a diretoria de ensino de Diadema e extinguirá o contrato do professor a partir desta segunda-feira (17).
Professor oferecia valores entre R$ 120 e 170
De acordo com a mãe do adolescente, o professor oferecia valores entre R$ 120 e R$ 170 para que o aluno tivesse relações sexuais com ele.
As propostas chegaram por uma conta de Instagram denominada Dor e Sofrimento. O adolescente questionou quem era e, na sequência, recebeu mensagens da conta pessoal do professor.
O aluno estudava na Escola Estadual Professor João Carlos Gomes Cardim, também em Diadema, onde o professor lecionava.
O menino recusou todas as vezes, disse que era menor de idade e heterossexual, tirou prints das mensagens e falou ao homem que o que ele fazia era errado.
Vereador ajudou na emboscada
Na sexta-feira (14), o professor entrou em contato com o jovem novamente, que avisou a mãe. A mulher pediu ajuda a um colega, o vereador cabo Angelo, que já foi policial, e ele instruiu o menino a aceitar o convite, porque iria até o local para deter o homem.
O professor contratou um motorista de aplicativo para levar o menino, e, quando o portão do prédio abriu, o colega da família, que já aguardava no endereço passado pelo jovem, abordou o homem e disse que o levaria para a delegacia.
O jovem, a mãe, o professor e o amigo da família foram ao 3º DP de Diadema, onde o caso foi registrado. Ainda de acordo com a mãe, o docente disse que não é a primeira vez que ele realiza esses crimes com outros alunos.
O homem teve o aparelho celular e o notebook apreendidos e será investigado por exploração sexual de menores. Na delegacia, não houve prisão em flagrante, pois o delegado afirmou que, apesar de as provas indicarem um crime, não era possível caracterizar flagrante.