Em uma reunião especial da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada nesta quarta-feira (23), especialistas em direitos humanos denunciaram a repressão e vigilância exercidas pelo regime comunista de Cuba contra líderes religiosos e fiéis que tentam praticar sua fé livremente na ilha. Segundo os participantes, o regime cubano monitora os locais de culto e ameaça aqueles que exercem sua liberdade de expressão, religião e crença.
Durante a sessão, foi apresentado o estudo da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) sobre o direito à liberdade de consciência e crença nas Américas. O embaixador especial dos Estados Unidos para a Liberdade Religiosa Internacional, Rashad Hussain, destacou que, embora o governo cubano permita algumas atividades religiosas relacionadas à assistência humanitária, ele regula rigorosamente todos os aspectos da vida religiosa no país.
“O governo vigia os locais de culto e ameaça os atores religiosos que exercem sua liberdade de expressão, religião e crença”, afirmou Hussain. O diplomata também ressaltou que muitos líderes religiosos cubanos estão recorrendo a prática de autocensura em seus sermões para evitar represálias dos comunistas. Além disso, relatórios indicam que presos políticos com vínculos religiosos estão sendo frequentemente torturados e maltratados fisicamente pelo regime cubano.
Outro ponto destacado foi a perseguição a praticantes de religiões de matriz africana. Ofunshi Oba Koso, ativista de direitos humanos, denunciou o aumento de casos de estigmatização, discriminação e violência contra esses grupos.