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Em carta a SP, Boulos alega que não terá “amarras ideológicas”

Candidato observou que esquerda deixa de falar com grande parte da população por questões ideológicas

Tentando virar a eleição a seu favor, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) lançou uma carta ao povo de São Paulo, no mesmo estilo que a que foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando foi eleito pela primeira vez em 2002. Nela, ele promete que seu governo “será de diálogo, sem nenhum tipo de amarra ideológica”.

– Reconheço que muitas vezes nós da esquerda deixamos de falar com tanta gente que também batalha, sofre o dia a dia das periferias e que buscou encontrar sua própria forma de ganhar a vida. Sei que boa parte de vocês está descrente da política, perdeu a esperança por achar que são todos iguais. E quando a gente vê quem aparece só de quatro em quatro anos, repetindo o que o marqueteiro falou, eu te entendo – afirmou o psolista, no Viaduto do Chá, em frente à Prefeitura de São Paulo, no centro da capital.

O candidato também atacou o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), chamando-o de “fraco e omisso”. Ele alegou que o “pior da política” assumiu o controle do orçamento paulistano.

– Muitos ficam assustados com a minha trajetória no movimento social, outros se questionam se vamos conseguir dar conta ou dialogar com quem pensa diferente. Eu vou fazer valer a participação como forma de governo – disse o parlamentar.

Boulos também anunciou que vai passar a reta final da campanha nas casas de seus apoiadores em lives, 24 horas por dia. Ele começará na zona norte nesta segunda-feira (21) e dormirá no bairro da Brasilândia.

Nesta terça (22), o candidato irá para o centro. Na próxima quarta (23), Boulos dormirá na zona leste, em São Mateus. Por fim, na próxima quinta (24) estará na zona oeste. Na sexta (25), vai se preparar para o último debate da TV Globo.