Pesquisa NYT mostra vantagem de Trump sobre Kamala Harris
Apesar de apresentar desempenho melhor que Biden, ela segue atrás do republicano
A provável candidata do Partido Democrata à Casa Branca nos Estados Unidos, a vice-presidente Kamala Harris, tem desempenho melhor que o do atual presidente, Joe Biden, mas ainda assim fica numericamente atrás do ex-presidente Donald Trump, como também ocorria com o atual líder, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira (25) pelo jornal progressista The New York Times e elaborada pelo Siena College.
Entre prováveis eleitores, Trump aparece com 48% e Harris, com 47%, enquanto entre eleitores registrados a vantagem do republicano é de 48% a 46%. A margem de erro para prováveis eleitores é de 3,4 pontos e a de eleitores registrados, de 3,3 pontos, na sondagem nacional, ou seja, há empate técnico.
O NYT reporta que Kamala Harris começa a campanha de pouco mais de 100 dias até a votação “em um virtual empate” com Trump. A pesquisa também mostra que, para 70% dos eleitores democratas, o partido deve confirmar logo o apoio à vice-presidente, em vez de realizar um processo para escolher o nome a disputar.
Em pesquisa da mesma instituição do início de junho, Biden estava seis pontos porcentuais atrás de Trump, entre prováveis eleitores, após o desempenho fraco no debate que acabou sendo o estopim de sua retirada da disputa. Entre eleitores registrados, a vantagem de Trump era maior, de nove pontos.
O levantamento mais recente mostra Harris se saindo melhor em grupos nos quais Biden mostrava fraqueza, em especial entre eleitores jovens e não brancos. Ao mesmo tempo, alguns democratas temem que ela não consiga ter a mesma força de Biden entre os eleitores mais velhos, entre os quais a sondagem de fato mostra alguma perda de apoio entre democratas ao novo nome.
O NYT ainda adverte que, como a pesquisa é nacional, ainda não é possível mensurar de todo o impacto de Kamala Harris nos estados fundamentais para a disputa, que podem pender para um lado ou outro a cada eleição. Pelo sistema americano, por exemplo, é possível que um candidato perca na votação em nível nacional, mas consiga vitória folgada no Colégio Eleitoral, caso se desempenhe melhor nesses estados determinantes.