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Idosa de 100 anos faz academia há 56 e diz que esse é o segredo da vida longa: ‘Só paro quando morrer’

Eulália Lopes Araújo, moradora de Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, completa 100 bem vividos anos nesta segunda-feira (22)

Idosa de 100 anos que faz musculação na BA ganha festa surpresa em academia

Eulália Lopes Araújo, moradora de Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, completa 100 bem vividos anos nesta segunda-feira (22), com direito à festa surpresa de familiares e amigos. Lúcida, bisavó de quatro bisnetos, a idosa tem algo incomum a outros idosos que chegam a marca centenária: a paixão pela academia.

Dona Lalu, como carinhosamente é chamada por amigos e familiares, frequenta academia regularmente há 56 anos. Ao g1, ela contou quando pretender parar:
“Sempre fiz minha academia, teve uma época que fiz yoga, mas agora sigo só com os treinos. Só vou parar quando morrer”, brincou a aniversariante.

Idosa completa 100 anos com mais da metade deles de treinos na academia na Bahia

Mãe de quatro filhos, avó de oito netos e bisavó de quatro crianças, Dona Lalu vai a academia com a filha Eneida Lopes ao menos três vezes na semana. Ela também tem uma bicicleta ergométrica em casa, a quem recorre nos dias chuvosos ou quando fica com preguiça.

“Quando fico com preguiça eu pego minha bicicleta, mas gosto mesmo é da academia”, disse.

Dona Lalu frequenta academia três vezes na semana. — Foto: Arquivo Pessoal

Eulália Lopes nasceu em Alagoas e quando jovem, trabalhou como auxiliar de enfermagem. Quando casou, deixou de trabalhar e passou a se dedicar exclusivamente à família.

A idosa “virou” baiana em 1965, quando se mudou para Salvador. Na capital baiana viveu por dez anos, quando passou a morar em Feira de Santana.Homens com medo e maior concentração de fogueiras de São Pedro: conheça a ‘Rua das Viúvas’, em cidade no interior da Bahia.

Além da academia, Dona Lalu tem como hobbys cuidar das plantas, fazer companhia à cadela Lupi, beber uma taça de vinho suave, assistir aos programa de TV de Ana Maria Braga e Marcos Mion, além de se sentir bem informada com o Jornal Nacional e acompanhar as novelas da Globo.

Por causa da idade, além da atividade física, Eulália Lopes é acompanhada frequentemente por médicos. Atualmente usa apenas dois medicamentos para controles da pressão e do colesterol.
“Meu coração está ótimo, graças a Deus. Só não estou 100% porque meu braço dói, mas o médico disse que é normal da idade?”, contou com um sorriso no rosto.

A idosa “marombeira” garante que o segredo para chegar aos 100 anos lúcida e ativa foi o foco nos treinos.

“Se não fizesse academia, acho que eu estava sem andar, né não? Então façam academia”, aconselhou.

Uma das filhas de Dona Lalu, Eneida Lopes, de 60 anos, é a “casca de bala” da idosa na academia. Ela tem a mãe como inspiração para fazer as atividades físicas regularmente.

“Não sei se vou aguentar fazer até os 100 anos, porque vai muito da genética. Ela se alimenta bem, não fuma, bebe pouco e é de um outro tempo, de quando as pessoas viviam em um ritmo mais lento”, contou a filha da idosa.

O outro companheiro de Dona Lalu na vida fitness é o coordenador da academia Luciano Júnior, de 38 anos. Ao g1, o profissional da Educação Física disse que a aluna não reclama dos exercícios e tem como marca a alegria.

“Dona Lalu está sempre com sorriso no rosto, não reclama das atividades, faz todos os exercícios, sempre com muita alegria. Dá menos trabalho que muitos alunos mais novos”, contou o professor.

Com 50 kg, a idosa cumpre um cronograma de treinos planejado para ela, que leva em consideração a idade e a força dela.

“Dona Lalu é uma simpatia em pessoa, um exemplo para todos nós, lúcida, sempre sorridente… É bom até para motivar outras pessoas, tirar essa ideia de que academia é só para jovens”, elogiou o instrutor da idosa.

O coordenador da academia aproveitou para ressaltar a importância da atividade física para pessoas idosas. Segundo o profissional, a partir dos 60 anos, a pessoa tem uma tendência a perder massa muscular, ter deficiências hormonais e entrar na fase de declínio da percepção.

“A atividade física vai contra isso, vai restabelecer o que está faltando. Quanto mais a gente incentiva essa prática, cria independência nessas pessoas, evita quedas e lesões ao sentar e levantar”, afirmou.