Uma criança de dez anos foi agredida pela própria tia, após tocar a campainha de uma casa e sair correndo. O caso aconteceu na última quinta-feira (17) em Anápolis (GO). Câmeras de segurança de uma residência registraram o ocorrido e as imagens já circulam pelas redes sociais.
No vídeo, é possível acompanhar três meninas caminhando juntas pela calçada, quando uma delas, usando camiseta branca, para e toca a campainha de uma casa. Em seguida, todas saem correndo.
A prática é comum entre crianças e costuma ser aplicada contra moradores geralmente como uma espécie de “pegadinha”.
Segundos depois da “brincadeira”, uma mulher de vestido branco se aproxima das crianças e passa a agredir, com tapas, a menina que tocou a campainha do vizinho.
Posteriormente, a mulher agarra a meninas pelos cabelos e a joga no chão. Depois, ela simula bater repetidamente a cabeça da vítima contra o asfalto e a chuta com vários golpes. Veja nas imagens abaixo.
De acordo com a delegada Aline Cardoso, que investiga o caso, a agressora é tia da vítima. A denúncia teria sido recebida pelas autoridades de forma anônima após o vídeo viralizar.
Depois de iniciada as investigações, o Conselho Tutelar foi acionado e compareceu à casa da família. Chegando ao local, a tia agressora teria informado a eles que perdeu o controle na ocasião e que o fato de estar sem remédios e sem dinheiro teria contribuído para a reação excessiva dela em relação à brincadeira praticada pela sobrinha.
Até o momento, a mulher não foi presa, por falta de flagrante, mas é investigada.
A criança já teria sido retirada anteriormente da responsabilidade de outros parentes, devido a conflitos familiares, e colocada sob supervisão dessa tia, segunda a delegada do caso. Agora, as autoridades investigam se a menina já vinha sendo submetida a maus-tratos e outras agressões por parte da parente.
A menina foi encaminhada para a realização de exames periciais a fim de constatar as lesões corporais. A polícia aguarda o resultado dos exames.
O Conselho Tutelar segue acompanhando a vítima e analisa se há necessidade de transferir futuramente a tutela da criança para outro familiar ou instituição.
O caso é investigado, a princípio, como crime de lesão corporal e de maus-tratos pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Anápolis (DPCA).
Câmera de segurança registrou agressão contra criança; veja:
