NotíciasSaúde
0

Cuidado ao fazer a troca: carne vegetal também traz riscos à saúde; entenda

Mas não é bem assim: os alimentos à base de plantas continuam sendo ultraprocessados e têm riscos parecidos. A nutricionista e mestre em Nutrição pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Natália Utikava, chamou atenção para o consumo da carne vegetal. A troca não é tão simples e há outras alternativas.

Carne vegetal é alternativa à carne – mas não uma boa alternativa

A carne vegetal surgiu como alternativa à carne “tradicional” de duas formas. A primeira é em termos de nutrientes, imitando o valor nutricional de proteínas, ferro e vitamina B12. A segunda é em termos culinários, imitando a cor, sabor ou a textura da carne, mas não necessariamente seu teor nutricional.

Como lembrou Utikava ao Jornal da USP, diversos estudos associaram o consumo de carne vermelha a malefícios à saúde, mas isso não significa que a carne vegetal é mais saudável.

Isso porque, segundo ela, apesar de mudar a base das proteínas (animal por vegetal), esses alimentos plant-based continuam sendo ultraprocessados. Eles são feitos à base de proteínas vegetais concentradas, com adição de gorduras, aditivos, corantes e aromatizantes, além de passarem por uma série de processos industriais.

Há alternativas aos alimentos plant-based

  • Assim como qualquer ultraprocessado, a carne vegetal deve ser consumida com moderação;
  • Para pessoas vegetarianas, veganas ou que simplesmente querem diminuir o consumo de carne, há alternativas. A nutricionista lembra que a troca não precisa ser entre a carne animal pela vegetal, mas por outros alimentos fontes de proteínas;
  • Uma opção certeira é o famoso arroz e feijão, que tem alto teor de proteínas. Milho e ervilha na salada, aveia em frutas e castanhas são outras alternativas;
  • Utikava lembra que o consumo de proteínas (seja animal ou vegetal) também depende das necessidades individuais e que um nutricionista é indicado para orientação mais individualizada.