A prova de vida, obrigatória para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios de longa duração, foi suspensa pelo Ministério da Previdência Social até 31 de dezembro deste ano, devido à pandemia. Desde 2023, o INSS realiza a comprovação de vida por meio do cruzamento de dados com outros órgãos, facilitando o processo para os beneficiários.
Essa medida visa garantir que os benefícios sejam pagos apenas a pessoas vivas e que têm direito a eles. Desde a implementação da prova de vida por cruzamento de dados, cerca de 19 milhões de beneficiários já realizaram o procedimento.
Alerta de golpe na prova de vida
O INSS emitiu um alerta sobre relatos recebidos de atividades fraudulentas, onde golpistas se fazem passar por funcionários para realizar a prova de vida em residências de aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios.
Os golpistas apresentam falsos crachás do INSS, contendo nome, foto e uma suposta área de atuação designada como “prova de vida presencial”. Durante essas visitas, solicitam informações e fotos dos beneficiários, prática que é considerada irregular.
O órgão previdenciário esclarece que a visita presencial é realizada apenas em situações específicas, como para confirmar vínculos, endereços ou identificar irregularidades. “O servidor apenas faz o reconhecimento conferindo o documento de identificação com foto”, esclareceu o INSS.
Golpe da Prova de Vida em São Paulo
Recentemente, em Santos, São Paulo, um homem de 47 anos e uma mulher de 23 foram detidos por praticar esse golpe.
Eles portavam crachás falsificados do INSS, além de pranchetas e quatro celulares, abordando o homem com perguntas pessoais em locais públicos. Até o momento, não há um registro oficial do número de vítimas dessas fraudes.
Como se proteger de um golpe?
O INSS recomenda que, em caso de suspeita, o beneficiário obtenha o nome completo e a matrícula do suposto servidor e entre em contato com a Central de Atendimento 135 para verificar a autenticidade.
Ao receber denúncias, o INSS encaminha as informações à Procuradoria Federal Especializada e à Polícia Federal para investigação sobre como os dados dos beneficiários foram acessados.
“Nenhuma prática que vise prejudicar ou extorquir aposentados, pensionistas e segurados em geral passará impune. Todas as denúncias serão encaminhadas para apuração para que as medidas cabíveis sejam tomadas. Sejam elas quais forem”, destacou Alessandro Stefanutto, presidente do INSS.
