Exame aponta que Nardoni pode passar para o regime aberto
Defesa já fez pedido para que condenado pela morte da filha Isabella Nardoni cumpra pena fora da prisão
O exame criminológico realizado por Alexandre Nardoni, preso desde 2008 pela morte da filha Isabella Nardoni, apontou que não foram registradas contraindicações para que ele passe a cumprir o restante da pena de 30 anos que recebeu em 2010 em regime aberto. O pedido de progressão de regime já foi feito pela defesa de Nardoni ao Judiciário.
De acordo com o portal G1, o laudo sobre o detento foi emitido por três profissionais diferentes: uma assistente social, uma psicóloga, e um psiquiatra. Ainda segundo o veículo, as análises tinham o objetivo de identificar e analisar questões específicas do comportamento de Nardoni.
Nas conclusões dos exames, a assistente social afirmou que a postura de Alexandre “se mantém inalterada frente às regras institucionais”, ressaltando que ele mantém “ótimo comportamento junto ao corpo funcional e colegas de cárcere”. O psiquiatra, por sua vez, disse que “não há contraindicação psiquiátrica, neste momento, para progressão de regime penal”.
A psicóloga, por fim, não escreveu nada relacionado a uma conclusão, enquanto a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) relatou apenas que Alexandre Nardoni possui ótimo comportamento carcerário. A avaliação foi corroborada pelo diretor do Centro de Trabalho e Educação-Substituto da pasta, Wagner Correa Leite.
Desde o último dia 6 de abril, Nardoni atingiu o tempo de cumprimento de pena suficiente para que ele pudesse pedir à Justiça a progressão ao regime aberto. Caso receba o benefício, ele poderá viver em liberdade desde que tenha endereço fixo, trabalho e se comprometa a comparecer em datas determinadas na Vara de Execuções Criminais (VEC).
Em resposta ao portal G1, o Ministério Público se posicionou contra a progressão de Nardoni para o regime aberto. De acordo com o órgão, o bom comportamento do detento não é um mérito dele, “mas sim sua obrigação, não podendo, portanto, ser considerado como algo extraordinário a ser analisado”.