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Cristãos buscam justiça após ataques em Jaranwala, Paquistão

O ataque ocorreu em 16 de agosto, quando multidões muçulmanas saquearam e incendiaram pertences cristãos

O Fórum de Implementação dos Direitos das Minorias (IMRF) apresentou outro apelo à Suprema Corte do Paquistão, buscando justiça para a comunidade cristã atacada em agosto passado na cidade de Jaranwala, província de Punjab. O presidente do IMRF, Samuel Makson, apresentou a petição pedindo uma audiência imediata para abordar questões relacionadas à compensação inadequada e falta de ação governamental após o ataque.

O ataque ocorreu em 16 de agosto, quando multidões muçulmanas saquearam e incendiaram edifícios religiosos e casas de cristãos em resposta a alegações de profanação do Alcorão e blasfêmia. O governo prometeu compensação financeira e restauração de edifícios danificados, mas a petição de Makson alega que as promessas não foram cumpridas de maneira adequada. A avaliação do governo sobre as perdas dos cristãos foi considerada falha, e a interrupção das atividades de reconstrução nas igrejas afetadas levou à incompletude e vulnerabilidade dessas estruturas.

A petição destaca preocupações sobre a concessão de fiança à maioria dos suspeitos envolvidos no ataque. Dos 283 detidos, 223 receberam fiança, levantando questões sobre a investigação policial e a necessidade de uma revisão abrangente. A petição também destaca a falta de resposta eficaz às evidências, incluindo vídeos, e a ausência de um plano de segurança para proteger a comunidade cristã.

A Suprema Corte já havia ordenado ao Advogado-Geral de Punjab que apresentasse um relatório sobre a ausência de um plano de segurança para a comunidade cristã após o ataque. O IMRF agora busca uma audiência imediata para resolver as questões pendentes e garantir justiça para a comunidade cristã afetada.

O Paquistão enfrenta desafios persistentes em relação à liberdade religiosa, com casos de perseguição e ataques a minorias religiosas, incluindo cristãos. A busca por justiça após esses incidentes destaca a necessidade de proteção efetiva das minorias religiosas no país.