Homem passou 20 anos fingindo usar cadeira de rodas para receber R$ 3,3 milhões em benefício social
O homem, que é professor do ensino fundamental, também usou a falsa condição física para comprar carros mais baratos
Um veterano de guerra dos Estados Unidos confessou ter simulado necessidade de uso de cadeira de rodas por duas décadas, acumulando aproximadamente R$ 3,3 milhões em benefícios sociais. Christopher Stultz, de 49 anos, que serviu na Guerra do Golfo de agosto de 1990 a fevereiro de 1991, foi desmascarado quando flagrado “andando normalmente” após visitas ao Departamento de Assuntos de Veteranos.
Em outubro de 2021, durante uma visita ao centro médico do departamento em Boston, Christopher, que aparentava mobilidade reduzida, surpreendeu ao levantar-se, guardar a cadeira de rodas no carro e dirigir normalmente. Posteriormente, foi visto em um shopping movendo-se sem dificuldades e sem o auxílio da cadeira de rodas. No ano seguinte, repetiu a encenação durante a renovação anual do benefício no centro médico.
Na quinta-feira passada (25/1), o ex-militar declarou-se culpado por fazer declarações falsas ao Departamento de Assuntos de Veteranos em 2003, a fim de obter uma classificação de 100% de incapacidade. Além de receber benefícios indevidos, o veterano, atualmente professor do ensino fundamental, usou a suposta limitação de mobilidade para adquirir “carros especiais projetados para ajudar veteranos com mobilidade reduzida” a preços inferiores aos veículos convencionais.
Pessoas que conheceram Christopher nos anos 2000 afirmaram aos investigadores que não tinham conhecimento de sua necessidade de cadeira de rodas ou qualquer outra assistência para caminhar. Ao ser confrontado por autoridades, o veterano admitiu sua capacidade de utilizar os dois pés e estar ciente da cobrança indevida de benefícios adicionais.
Formalmente acusado em 13 de setembro de 2023, Christopher aguarda sentença marcada para 6 de maio de 2024. Ele enfrenta uma possível pena de até 5 anos de prisão e três anos de liberdade condicional, além da obrigação de restituir integralmente os fundos obtidos fraudulentamente ao longo dos anos.