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Mundo terá o primeiro trilionário em 10 anos; pobreza deve perdurar pelos próximos 200 anos, diz Oxfam

Sete das 10 maiores corporações do mundo tem um bilionário como CEO ou principal acionista

Um relatório da Oxfam, que discute a relação das desigualdades e o poder corporativo global, aponta que o mundo terá seu primeiro trilionário em 10 anos. A pobreza, no entanto, não será erradicada nos próximos 230 anos. A estimativa é calculada em dólar.

“Uma imensa concentração do poder das grandes empresas e monopólios em nível global está exacerbando a desigualdade em toda a economia”, diz o levantamento.

O relatório completo será divulgado nesta segunda-feira (15) durante o Fórum Econômico Mundial que reúne a elite do mundo corporativo em Davos, na Suíça.

O documento também informa que sete das 10 maiores corporações do mundo tem um bilionário como CEO ou principal acionista.

Essas empresas valem, juntas, US$ 10,2 trilhões, mais do que o PIB combinado de todos os países da África e da América Latina.

“Estamos testemunhando o começo de uma década de divisão, com bilhões de pessoas sofrendo os impactos da pandemia, da inflação e das guerras, enquanto as fortunas dos bilionários não param de crescer”, afirma Amitabh Behar, diretor-executivo interino da Oxfam Internacional.

Atualmente os três mais ricos do mundo, segundo a Forbes, são Elon Musk (dono da SpaceX e Tesla); Bernard Arnault (diretor do grupo LVMH) e Jeff Bezos (fundador da Amazon).

A fortuna de cada um atualmente está avaliada em US$ 251,3, US$ 200,7, e US$ 168,4 bilhões respectivamente.