Presépio LGBT faz igreja católica na Itália ser acusada de blasfêmia
Padre trocou José por uma mulher vestida com as cores do arco-íris
A Igreja dos Santos Pedro e Paulo, em Capocastello di Mercogliano, na Itália, está sendo acusada de blasfêmia por exibir um presépio que substituiu José por uma segunda mulher vestida com trajes com um arco-íris.
Ao indicar que Jesus teria duas mães e fazer referência ao ativismo LGBTQ+, o padre Vitaliano Della Sala explicou que seu objetivo era representar a diversidade de famílias na sociedade atual. Para ele, o número de crianças que pertencem a famílias formadas por dois pais ou duas mães é cada vez mais comum, assim como filhos de divorciados e mães solteiras.
Mas a intenção do padre não foi aceita pela comunidade católica italiana. O senador Maurizio Gasparri condenou a exposição e acusou o presépio LGBT de “ofender todos aqueles que sempre tiveram respeito e devoção pela Sagrada Família”.
O grupo pró-vida Pro-Vita & Famiglia também se manifestou contra e iniciou uma petição pedindo ao bispo de Avellino, Arturo Aiello, que removesse a representação, considerada “blasfema e provocativa”.
Quase 25 mil pessoas assinaram a petição que apresentou várias questões que envolvem uma criança nascida de duas mães. A primeira delas é atender ao politicamente correto, depois santificar a prática de venda de gametas, que é ilegal na Itália.
PADRE POLÊMICO
Essa não é a primeira vez que o padre Della Sala causa polêmica. Conhecido como “padre desobediente”, ele chegou a ser destituído do cargo em 2002 e foi reintegrado ao sacerdócio somente em 2018.