Mulher ataca faxineira em shopping: “Sou rica, você é analfabeta”
Caso está sendo investigado pela polícia
Uma auxiliar de limpeza, de 34 anos, sofreu ataques verbais enquanto trabalhava, nesta quarta-feira (27), no Shopping Vale do Aço, em Ipatinga, Minas Gerais. Na ocasião, a funcionária foi chamada de “palhaça” e “analfabeta” por uma cliente, após pedir que ela não pisasse em uma área em que o chão estava molhado e escorregadio.
A cena foi registrada em vídeo pela jornalista Layane Óliver, que passava pelo local. Nas imagens, é possível ouvir os gritos da visitante do shopping:
– Você não passa de uma faxineira analfabeta. Eu sou rica e estou de férias. Você está no seu lugar, lugar certo, que é seu. Sua palhaça analfabeta. Coloque-se no seu lugar, palhaça – disparou a mulher, que ainda não foi identificada.
A profissional, por sua vez, continuou trabalhando e limitou-se a dizer que é “faxineira com muito orgulho”. Após o ocorrido, ela precisou ser atendida por brigadistas, porque estava com hipertensão e taquicardia.
Ao portal G1, a jornalista que registrou a situação disse que ficou “muito assustada” com o que presenciou.
– Eu nunca presenciei uma cena dessas, fiquei muito assustada e ao mesmo tempo revoltada com a situação. Estava com meu filho pequeno, que é autista. Primeiro, eu quis entender o que estava acontecendo e, quando percebi o contexto do ataque, comecei a filmar enquanto meu marido foi até lá para apartar a agressora de perto da funcionária – relatou.
O Shopping Vale do Aço, por sua vez, se pronunciou por meio de nota dizendo lamentar o caso de discriminação.
– A profissional foi prontamente acolhida e está recebendo todo apoio emocional necessário, enquanto medidas cabíveis estão sendo tomadas. O Shopping Vale do Aço repudia veementemente qualquer forma de discriminação e reforça seu compromisso em assegurar um ambiente seguro para todos – assinalou.
Segundo informações do boletim de ocorrência, a mulher utilizava um carro com uma placa de São Paulo. A polícia está investigando as câmeras de segurança para descobrir a identidade da mulher. O caso foi registrado como injúria.