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Homem injeta hormônio e pênis “cai” após ereção intensa; entenda caso

Brasileiro tentou solucionar seus problemas de disfunção com injetável, mas não contava com efeitos colaterais e “doença” que apareceu; veja o que aconteceu e entenda caso

Um brasileiro de 58 anos de idade tentou solucionar seu problema de impotência sexual aplicando uma injeção de hormônio diretamente em seu pênis.

No entanto, essa abordagem o levou a uma ereção tão intensa que ele precisou de intervenção médica para resolver o problema.

Conforme relatado por médicos da Unicamp no periódico “Urology Case Reports”, o homem buscou atendimento no pronto-socorro do hospital universitário após sofrer com uma ereção dolorosa que durava vários dias.

Ele havia aplicado prostaglandina, um hormônio usado no tratamento da disfunção erétil. Diante da extrema resposta do seu corpo, os médicos tentaram drenar o pênis para reduzir a ereção, mas mesmo assim o órgão permanecia ereto.

Segundo o Metrópoles, para conter o priapismo, termo utilizado para descrever ereções prolongadas, os urologistas recorreram ao procedimento de Al-Ghorab.

Nessa técnica, um dilatador é cirurgicamente inserido no pênis para remover coágulos sanguíneos, e dessa forma, a ereção foi finalmente controlada.

Após o procedimento, o paciente foi mantido em observação por um dia antes de receber alta médica. No entanto, cerca de um mês após a cirurgia, ele enfrentou novos desafios.

O homem começou a experimentar inchaço na glande e o pênis apresentou secreção de pus, resultado de uma infecção bacteriana.

Diante dessa complicação, o paciente precisou ser submetido a uma segunda drenagem, e dispositivos dilatadores e drenos adicionais foram inseridos em seu pênis por um período de três dias para tratar a infecção.

Ele passou por um tratamento com antibióticos durante sete dias, mas o órgão sexual foi avariado.

Seis meses após a cirurgia inicial, o paciente evoluiu para uma disfunção erétil total, o que levou à implantação de uma prótese peniana maleável. Apesar do histórico de infecções, não houve recorrência delas, surpreendendo os médicos.

A disfunção erétil se define pela incapacidade que afeta homens de todas as idades, impossibilitando-os de alcançar e manter uma ereção adequada para a realização satisfatória de atividades sexuais.

Não se trata de uma doença, mas sim de uma manifestação de sintomas relacionados a diversos fatores, incluindo aspectos fisiológicos e psicológicos, seja de forma isolada ou interligada.

De acordo com o Vida Saudável, revisado por Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP), a multiplicidade de causas é uma característica notável da disfunção erétil.

Elas vão desde hábitos inadequados (como tabagismo e excesso de consumo de álcool) a distúrbios hormonais, descontrole do colesterol ou da pressão arterial, problemas neurológicos e psicológicos e o uso crônico de determinados medicamentos.

Nesse contexto, parece evidente uma crescente prevalência da disfunção erétil, com um número cada vez maior de homens relatando dificuldades relacionadas à ereção.

O especialista do Hospital Albert Einstein, cita um estudo, conduzido nos Estados Unidos no final da década de 1980, que acompanhou 1.290 indivíduos em 11 cidades estadunidenses ao longo de dois anos.

Durante esse período, 52% dos participantes relataram episódios de disfunção erétil, sendo que 10% deles enfrentavam um grau severo do problema. Além disso, os dados indicaram um aumento na prevalência da condição com o avanço da idade.

No Brasil, estudos semelhantes produziram resultados parecidos. No Estudo do Comportamento Sexual do Brasileiro, que abrangeu 2.835 homens, 46% deles manifestaram queixas relacionadas a dificuldades de ereção.

De acordo com Marra, outra pesquisa realizada no Brasil, entre 2002 e 2003, envolvendo 2.862 homens com mais de 40 anos, revelou que 45% deles experimentaram algum grau de disfunção erétil durante esse período.

Consequentemente, considerando as taxas de incidência que variam entre 40% e 50%, e que tendem a aumentar com o envelhecimento, é possível afirmar que milhões de homens no Brasil enfrentam essa condição.

O QUE FAZER

De acordo com Gabriel Elias Peñaranda, cardiologista do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL), manter uma vida sexual ativa e segura, inclusive na terceira idade, é capaz de trazer benefícios, tanto físicos quanto emocionais.

E não existe uma idade limite para a atividade sexual, isso vai depender de muitos fatores, tanto das condições físicas e de saúde da pessoa quanto da libido ou desejo sexual.

Por isso, muitas vezes o uso de comprimidos estimulantes pode ajudar. Mas cuidado, essas pílulas precisam ser prescritas individualmente, mesmo que não demandem receita em farmácias.

O médico listou algumas orientações para quem pretende fazer uso deste tipo de medicamento:

VEJA TIRA-DÚVIDAS

1. Como agem os medicamentos contra disfunção erétil?

Estes medicamentos não funcionam como afrodisíacos, ou seja, não alteram o desejo sexual. Eles fazem parte de uma classe de medicamentos chamados inibidores da fosfodiesterase que ajudam a relaxar os vasos sanguíneos do pênis, facilitando o fluxo de sangue no órgão.

2. Quem pode tomar?

É indicado para pessoas do sexo masculino, que sofrem com impotência sexual e que já tenham passado no seu médico urologista para uma avaliação das possíveis causas do problema. Vale ressaltar que pessoas com alguma doença cardiovascular é importante uma avaliação com o cardiologista.

3. Quanto tempo dura o efeito?

O seu efeito depende do estímulo e pode durar entre 8 e 48h após ingerido.

4. Estes medicamentos podem ser utilizados para melhorar a performance sexual, especialmente por jovens?

Eles não foram formulados para melhorar o desempenho sexual de pacientes que não sofrem de disfunção erétil, o uso sem necessidade pode, inclusive, levar a uma super excitação, correndo o risco de doenças penianas irreversíveis.

5. Quais os possíveis efeitos colaterais?

Estes medicamentos podem ter efeitos indesejados em algumas pessoas, sendo os mais comuns: dor de cabeça, tontura, vermelhidão pelo corpo, congestão nasal, náuseas, distúrbios visuais e ondas de calor. Em casos raros, podem ocorrer pressão baixa, palpitações, dor no peito, vômito, zumbido e sangramento nasal.