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Guerra: Israel diz que partirá para “ofensiva terrestre”

Exército também fala em ataques “mais severos”

No quarto dia de guerra, o exército de Israel afirma que as fronteiras estão sob controle e que agora vai partir para o ataque ao Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza e lançou uma agressão sem precedentes no fim de semana. Com 100 mil soldados posicionados no entorno do enclave costeiro, o exército indica que dará início a uma temida ofensiva terrestre com ataques “maiores e mais severos”.

– O próximo passo é avançar, começar a ofensiva e atacar o grupo terrorista Hamas – anunciou o general Dan Goldfus, da 98ª Divisão, a infantaria do Exército israelense.

– Precisamos mudar a realidade em Gaza para evitar que aconteça de novo – dure o tempo que durar – disse a jornalistas.

Pressionado para dar uma resposta ao ataque terrorista que deixou centenas de mortos, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu promete que o Hamas vai pagar “um preço sem precedentes”. Mais de 300 mil reservistas foram mobilizados e outros 600 mil podem ser acionados.

A defesa Israelense prepara as tropas para uma “ofensiva completa” e anunciou o envio de mais armas para as forças da linha de frente do conflito, no sul do país, perto da fronteira com Gaza.

– Vocês vão ter a possibilidade de mudar a realidade aqui. Gaza nunca mais será a mesma. O Hamas queria mudança em Gaza e vai ter a mudança oposta – disse o ministro da defesa Yoav Gallant as tropas na região de fronteira.

Enquanto isso, Israel confirmou a morte de dois líderes do Hamas em ataques aéreos na Faixa de Gaza e segue na caçada por terroristas, que poderiam estar escondidos no sul do país.

– Eliminar os líderes do Hamas está entre as nossas prioridades – declarou o porta-voz da defesa israelense.

A invasão da Faixa de Gaza é considerada um movimento de alto risco, que parecia impensável nos últimos anos. Até a guerra ser deflagrada. O enclave de 365 km² é densamente povoado por mais de 2 milhões de palestinos.

A última vez que isso aconteceu há quase dez anos, em 2014, quando Israel e Hamas se enfrentaram em uma guerra de 50 dias. Na época, os tanques e tropas israelenses abarrotaram as ruas estreitas do enclave na tentativa de destruir a infraestrutura do Hamas.

Desde então, a ameaça vinha quase sempre do céu. Os foguetes do Hamas desafiavam o Domo de Ferro, poderoso sistema de defesa aérea de Israel que, por sua vez, investia em equipamento mais sofisticados e tecnológicos. Agora, no entanto, o governo de Israel parece politicamente sem escolha, alerta o ex-conselheiro nacional de segurança Chuck Freilich.

– As pessoas estão muito abaladas e querem ver uma mudança real na situação – disse.