“1ª guerra de Gaza também será a última”, diz secretário israelense
Declaração representa o nível da resposta que Israel dará ao Hamas
O secretário do Gabinete do governo de Israel, Yossi Fuchs, disse nesta segunda-feira (9), em uma mensagem na rede social X (ex-Twitter), que “a primeira guerra de Gaza também será a última”. A declaração representa uma provável alusão ao nível da resposta que Israel dará ao grupo islâmico palestino Hamas, autor do ataque sem precedentes iniciado contra o país no último sábado (7), que já matou ao menos 700 israelenses e feriu mais de 2,4 mil.
Do lado palestino, o número de mortos nos bombardeios de retaliação de Israel em Gaza é de cerca de 415 mortos, e o de feridos de ao menos 2,3 mil, de acordo com fontes do setor de saúde da região.
Em sua mensagem, Fuchs contou que, após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, ouviu de seu falecido avô que “se a [rede terrorista] Al Qaeda conseguir realizar um ataque como esse, dominará o mundo”.
– Eu o acalmei e lhe disse que era um alerta e que esse terror seria derrotado – declarou.
Embora enfatizando que se tratava de uma mensagem pessoal, a imprensa israelense repercutiu amplamente as palavras de Fuchs, destacando que, embora tenha havido inúmeros e pesados confrontos e operações militares entre Israel e milícias palestinas no passado, tudo agora parece indicar que um novo e diferente nível de intensidade foi atingido, conforme evidenciado pela declaração de estado de guerra, algo que Israel jamais havia feito na história do conflito em Gaza.
Um porta-voz militar israelense afirmou que os combates continuavam no sul do país e que, em alguns lugares, havia combates de casa em casa para expulsar combatentes do Hamas, cerca de mil dos quais participaram da incursão e dos ataques do último sábado.
– De longe, o pior dia da história de Israel. Nunca antes tantos israelenses foram mortos pela mesma mão em um único dia. É como o 11 de setembro ou Pearl Harbor para os Estados Unidos – declarou o porta-voz, tenente-coronel Jonathan Conricus.
Ele também disse que “provavelmente um grande número de civis e soldados israelenses ainda está sendo mantido como refém em Gaza”, mas não citou números específicos “enquanto aguarda confirmação”, apenas enfatizou que entre os capturados pelo Hamas e levados para a Faixa de Gaza “há idosos, mulheres, jovens, crianças e soldados”.
Embora nenhum dado oficial tenha sido fornecido sobre o número de sequestrados, o Hamas e seu aliado Jihad Islâmica reivindicaram a responsabilidade pela captura de 130 cidadãos israelenses, incluindo vários oficiais do Exército.
– A brutalidade e o cinismo do Hamas ficaram claros. Nossa tarefa é fazer o que o governo israelense nos ordena, e isso significa eliminar as capacidades militares do Hamas – afirmou o porta-voz, enfatizando que “no final dessa guerra, a situação será muito melhor para os israelenses e também para os palestinos”.
– Estamos nos preparando para fazer nosso trabalho e derrubar o Hamas, o autor não provocado desse ataque. Apesar desta situação horrível, venceremos e sabemos que as pessoas boas do mundo nos apoiam – concluiu o porta-voz.