A partir dessa idade, nosso cérebro adolescente decide que a voz da mãe não é mais a única melodia que merece toda a nossa atenção.
Quem nunca se pegou, durante a adolescência, ouvindo o sonoro “Você nunca me escuta!” vindo de sua mãe, enquanto tentava explicar que estava apenas “viajando” enquanto ela falava? Pois bem, a ciência explica esse mistério que causa aflição e desentendimentos nas famílias.
De acordo com uma pesquisa da Universidade de Stanford, a partir dos 13 anos, nosso cérebro adolescente, na sua infinita sabedoria, decide que a voz da mãe não é mais a única melodia que merece toda a nossa atenção. É como se a mente pensasse: “Ouvir minha mãe? Já sei tudo o que ela vai dizer! Mas essa voz desconhecida… Ah! Essa sim é interessante.”
Então, como eles descobriram isso?
Usando imagens cerebrais de adolescentes enquanto ouviam gravações das vozes de suas mães e estranhos, os pesquisadores perceberam algo que chama atenção. Os cérebros dos pequenos iluminavam-se como uma árvore de Natal ao ouvir mamãe. Já os adolescentes? Nem tanto. Parece que, com a adolescência, nossa mente está em busca de novos horizontes.
Agora, antes de você, adolescente, sair mostrando este texto à sua mãe e gritar “Eu te disse!”, dê uma pausa. A ciência não está dando sinal verde para você ignorar as sabedorias maternas. Esta transição, segundo os cientistas, é uma forma de o cérebro se adaptar e preparar os jovens para a independência.
É uma etapa crítica na nossa caminhada rumo à vida adulta, onde começamos a olhar para o mundo com nossos próprios olhos e a formar nossos próprios pensamentos.
E a melhor parte? A grande maioria dos adolescentes nem percebe que está fazendo isso! Como diz Daniel Abrams, pesquisador do estudo: “Você está apenas vivendo a vida, curtindo com os amigos e seu cérebro, lá no fundo, está se adaptando, se renovando, se preparando para o que vem a seguir”.
Então, a próxima vez que sua mãe lhe repreender por não estar ouvindo, que tal abraçá-la e explicar, com um sorriso, que é apenas o seu cérebro se preparando para a vida adulta. E claro, tente prestar mais atenção em seguida.