Saúde: Aumento da obesidade pode justificar infarto em jovens
Durante a pandemia houve um aumento de 9% para 17% dos jovens na faixa de 18 a 24 anos com obesidade
O infarto é uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo e tem apresentado um aumento preocupante em pessoas abaixo de 40 anos nos últimos anos.
Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram aumento de 25% no total de internações por infarto no Brasil, nos últimos seis anos. Passando de 81.505 casos, em 2016; para mais de 100 mil, em 2022.
De acordo com um relatório da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), enquanto a mortalidade por infarto tem caído de forma geral, há um aumento no número de infartos em mulheres de 18 a 55 anos.
Há muitas razões que possam justificar estes números, principalmente os hábitos não saudáveis como o sedentarismo e tabagismo. De acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo, o aumento do sobrepeso e obesidade entre os mais jovens também pode contribuir com o aumento das internações e mortes por infarto.
Durante a pandemia, segundo o levantado do Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), houve um aumento de 9% para 17% dos jovens na faixa de 18 a 24 anos com obesidade. O consumo de álcool e do tabagismo também cresceu entre os mais jovens durante a pandemia.
Como a doença cardíaca é causada pela diminuição da passagem de sangue pelas artérias que levam o sangue ao coração devido ao seu estreitamento. O acúmulo de placas de gordura, chamado de aterosclerose, é o que está por trás de muitos casos.
Sem oxigenação adequada, o músculo cardíaco começa a provocar dor no peito e sensação frequente de pressão. Já quando o fluxo sanguíneo é totalmente bloqueado, acontece o infarto do miocárdio.