Um respirador projetado em 1920 para ajudar crianças que desenvolviam complicações respiratórias após contrair poliomielite ainda é uma ferramenta essencial para a vida Paul Alexander, de 77 anos. O homem, que ganhou o apelido de “Polio Paul”, vive dentro do ventilador de metal desde 1952, após ter contraído a doença.
O americano bateu o recorde pelo tempo de utilização do aparelho, que parou de ser fabricado nos anos 60 após o início da utilização da vacina contra a poliomielite na população em 1955.
Como funciona o respirador artificial?
A máquina, que recebeu o nome popular de “pulmão de ferro” é um cilindro metálico onde a pessoa se insere e fica apenas com a cabeça de fora. No interior da câmara existem bombas instaladas que possuem a função de controlar a circulação do ar dentro dela.
Isso torna possível simular o movimento da caixa torácica e do diafragma no processo de respiração, com variações de pressão positiva e negativa, forçando uma respiração natural no paciente. O aparelho também conta com um espelho logo, instalado paralelo à cabeça da pessoa para aumentar seu campo de visão.
Precisa ficar sempre dentro do aparelho?
Sim, como é o caso do Polio Paul, que utiliza a máquina há décadas. A paralisia infantil, causada pelo vírus da poliomielite pode atacar o sistema nervoso, levando à paralisia muscular dos membros inferiores e também interferindo na processo respiratório.
Mas neste ano, ele conseguiu avançar em seu tratamento e aprender uma técnica de segurar a respiração por até 3 minutos. Ele ainda depende do aparelho para emular a respiração, prejudicada por complicações causadas pela doença.